Petrobras reabre negociação para venda da UFN 3

Previsão é que as obras da fábrica de fertilizantes - paradas há 8 anos - sejam retomadas em 2024

01/06/2022 às 11:07 atualizado por Elaine Silva - SBA | Siga-nos no Google News
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A venda da UFN 3 (Unidade de Fertilizantes Nitrogenados), localizada em Três Lagoas, na Costa Leste de Mato Grosso do Sul, foi retomada ontem (31) pela Petrobras, por meio de oportunidade de negócio (teaser). Agora, a previsão é que a negociação possa ser fechada ainda neste ano para que as obras sejam retomadas em 2024. 

Para participar do processo, um potencial comprador deve atender a pelo menos um dos critérios: patrimônio líquido superior a US$ 300 milhões; receita líquida igual ou superior à US$ 750 milhões ou caso seja player financeiro, possuir ativos sob gestão superior a US$ 300 milhões.

O teaser, que contém as principais informações sobre a oportunidade - inclusive a previsão de que o comprador se comprometa com a conclusão da planta - bem como os critérios de elegibilidade para a seleção de potenciais participantes, está disponível no site de relação com investidores da companhia.

Para a operação, a estatal contratou o Banco Bradesco como assessor financeiro exclusivo para realizar a transação envolvendo a venda de 100% da fábrica. 

Regras

A capacidade projetada de produção de ureia e amônia de 3.600 t/dia e 2.200 t/dia, respectivamente.

A capacidade de produção de ureia representaria aproximadamente 20% do consumo aparente de ureia brasileiro em 2020. 

O compromisso de conclusão da UFN 3 pelo Potencial Comprador é obrigatório e não negociável. A Petrobras oferecerá um contrato de fornecimento de gás natural à unidade no âmbito da transação. O potencial comprador terá a opção de firmar esse contrato com a Petrobras ou buscar outra solução.

Entenda o caso 

A UFN 3 teve as obras paralisada em dezembro de 2014, após a Petrobras romper o contrato com o Consórcio responsável pela construção da fábrica que, na época, já havia consumido mais de R$ 3 bilhões. 

A estatal colocou a UFN 3 à venda em setembro de 2017, alegando que não seguirá no segmento de fertilizantes. A empresa da Rússia manifestou interesse na compra da fábrica, mas depois desistiu diante do empecilho para o fornecimento do gás natural, que viria da Bolívia.

O grupo russo Acron fechou a negociação de compra da planta, em fevereiro de 2022. Mas, em um comunicado divulgado em abril, a Petrobras anunciou que não iria vender o patrimônio, alegando que "o plano de negócios proposto pelo potencial comprador, em substituição ao projeto original, impossibilitou determinadas aprovações governamentais que eram necessárias para a continuidade da transação".

Com informações e foto do governo de Mato Grosso do Sul e Petrobras 


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