Alerta: falhas na plantadeira comprometem cultivo de milho

Agrônomos apontam para fatores importantes na hora do lançamento de sementes

23/05/2022 às 09:03 atualizado por Valdecir Cremon - SBA | Siga-nos no Google News
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A falta de manutenção e estratégias quanto às plantadeiras, pode afetar de forma significativa o resultado das safras de soja, e o milho pode ser ainda mais afetado. 
A constatação é do grupo de agrônomos da PlantiMais e da Precision Planting, que confirmaram, de forma científica, o risco que o mau processo de plantio pode acarretar, durante palestra do 6º Circuito Aprosoja, que ocorreu na sexta-feira (20), na Expoagro, em Dourados (MS).
Segundo o grupo, o produtor rural precisa observar com atenção pelo menor cinco itens dos equipamentos: o espaçamento, a singulação, população, emergência e nutrição. 
“No caso do espaçamento o agricultor deve cuidar do tubo condutor, da velocidade do plantio, além do ‘chacoalho’ da linha. Todos esses fatores podem diminuir de forma significativa da produtividade”, explica o agrônomo Eduardo Rotermel Grando.
Sobre a singulação, o agrônomo Giancarlo Rocco disse que 1% de falha entre uma semente e outra pode acarretar uma redução de potencial produtivo em 0,6%. 
Rocco aponta que em plantio de milho o prejuízo pode ser ainda maior, por que 1% de falha ou de duplas plantas no mesmo espaço, pode acarretar falhas de 0,6% ou 0,7%, respectivamente.
Para se evitar danos à lavoura, a dica do agrônomo Leonardo Gustavo Fin Zemolin, é cuidar da transmissão. E de acordo com ele a plantadeira precisa ser capaz de distribuir as sementes de forma contínua, para que possam emergir ao mesmo tempo. “Uma planta que emergir três dias depois do esperado, pode perder 30% do seu potencial produtivo, alerta”.
Quanto a nutrição, a qualidade do fertilizante foi um fator unânime entre os agrônomos, com um alerta para um experimento que diagnosticou que uma catraca travada, pode deixar de aplicar 4,32 quilos por linha, por hora.
“Esse é um assunto bastante técnico e necessário para o setor. O agricultor precisa dominar e sempre reavaliar sua produtividade, diagnosticando se a sua melhoria nos números passa realmente pelo maquinário ou pela qualidade dos insumos, principalmente das suas sementes, que precisa ter predicados e origem de credibilidade”, finaliza o presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi.
O próximo Circuito Aprosoja/MS será realizado em Maracaju (MS), no dia 6 de junho, às 18h30, com o tema: “Ecofisiologia da soja visando altas produtividades”. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site www.aprosojams.org.br.
 


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