As discussões sobre como o Brasil vai se posicionar nos próximos anos em relação ao mercado global de carbono e desenvolvimento sustentável nos três dias do Congresso Mercado Global de Carbono - Descarbonização & Investimentos Verdes, que acontece agora no Rio, preparam o país para a próxima conferência do clima, a COP27, que será realizada no Egito, nos dias 7 a 18 de novembro.
Esse foi o tema da plenária de abertura do segundo dia do congresso, que mais uma vez tratou do protagonismo do Brasil como líder em soluções climáticas para o mundo, conduzida pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite. O ministro abriu o debate falando sobre o decreto que cria o mercado regulado de carbono no Brasil. "Na conferência do clima, nasceu o mercado global de sustentabilidade. Agora, aqui, nasce o mercado nacional."
No painel Eólicas: Tendências e oportunidades, representantes do setor falaram sobre o enorme potencial de geração de energia eólica offshore no Brasil, com uma aposta na redução de custos, para o aproveitamento desse recurso. Também pediram investimento público e planejamento de longo prazo. Com condições naturais altamente favoráveis, estima-se que o potencial eólico offshore brasileiro esteja em torno de 700 GW - número quatro vezes superior à capacidade instalada do país.
O setor de agronegócios foi tema de dois painéis durante o evento de hoje. Em um deles, a principal conclusão foi que tecnologia e conectividade são fundamentais para que o segmento possa encontrar um caminho para produzir mais e, ao mesmo tempo, preservar. Para que seja possível monetizar, o agricultor, o pequeno e o grande, precisam ter acesso a dados.
As perspectivas pela adoção do hidrogênio verde, os desafios financeiros para sua aplicação no dia a dia e os custos competitivos de exportação também foram tema de um dos painéis, assim como os processos de descarbonização para o setor de óleo e gás.
O presidente Jair Bolsonaro visitou o evento e plantou uma muda de palmeira imperial (Roystonea oleracea), um dos símbolos do parque.