Ao longo da semana passada, a colheita de raiz de mandioca avançou em grande parte das regiões acompanhadas pelo Cepea, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada. Segundo pesquisadores da instituição, alguns agricultores têm necessidade de liberar áreas de arrendamentos ou realizam a colheita já pensando no cultivo da safra 2022/2023.
Do lado da demanda, as fecularias estiveram mais ativas com o objetivo de aumentar os volumes de estoques, principalmente para atender ao mercado no segundo semestre. Com isso, os preços da raiz se mantiveram firmes na semana passada em relação à anterior.
Fécula de mandioca
Na última quinta-feira (12), o Cepea divulgou um levantamento, realizado em parceria com a Abam (Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca), que mostra que a produção de fécula de mandioca cresceu pelo segundo ano. Em 2021, a produção aumentou 20%, totalizando 636,21 mil toneladas, o maior volume produzido em cinco anos quando, em 2016, foram 657,1 mil toneladas.
Para levantar as informações sobre a produção de fécula no Brasil, o Cepea e a Abam tiveram acesso a dados repassados por 81 fecularias espalhadas em 60 municípios brasileiros. Segundo o estudo, as unidades industriais consultadas têm capacidade para esmagar mais de 21,5 mil toneladas de mandioca diariamente. O Paraná concentrou 65% desta capacidade diária, Mato Grosso do Sul, 19,8%, São Paulo, 8,9%, e Santa Catarina, Alagoas, Bahia e Pernambuco, juntos, 6,1%.
Com informações do Cepea
Foto de capa: Ronaldo Rosa/Embrapa