Empresa brasileira cresce com crise mundial de fertilizantes

Conflito entre Rússia e Ucrânia favorece empresa paranaense com aumento de vendas

16/05/2022 às 08:59 atualizado por Valdecir Cremon - SBA | Siga-nos no Google News
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A guerra da Rússia contra a Ucrânia vem fortalecendo uma tendência que, no agronegócio, já ocorria gradativamente: a digitalização na comercialização de insumos, os elementos primordiais para a produção agrícola. Prova disso são os números de procura pela Insumo Agrícola, empresa 100% nacional e digital que surgiu em 2020 trazendo ao mercado nacional soluções on-line que tornam o agronegócio mais dinâmico e descomplicado, e que, em menos de três meses, viu seu volume de busca dobrar. Entregando potencial de venda para o mercado de R$ 1,9 milhão para quase R$ 200 milhões.

Se no fim do ano passado a situação já estava boa para a agrotech (startup do agro), que atualmente tem em seu portfólio 1,5 mil produtores cadastrados e mais de 500 revendedores de fertilizantes, por encerrar dezembro de 2021 com um VBM (Volume Bruto de Mercadorias) próximo de R$ 2 milhões, na sequência, em janeiro, ela entrou o ano com o pé direito e esse número saltou para pouco menos de R$ 10 milhões. Em fevereiro, foi para R$ 11,5 miilhões e, em março, para R$ 88,6 milhões.

Então, se no ano passado a Insumo registrou R$ 25 milhões de VBM, gerado pela conexão entre produtores e revendas, a expectativa é encerrar este ano com valores audaciosos, na faixa de R$ 800 milhões ou mais, consolidando-se como a maior plataforma on-line de contratação de fornecedores de insumos do Brasil e da América Latina.

A expectativa mostra uma tendência irreversível, de empoderamento das agrotechs, sendo que o número delas chegou a 1.574, segundo o Radar Agtech Brasil 2020/2021, que mostrou uma ampliação de 40% em comparação ao ano de 2019. O levantamento foi elaborado em parceria com a Embrapa, a SP Ventures e a Homo Ludens Research & Consulting, com o apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O setor de insumos agrícolas representa cerca 3,5% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, de acordo com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), e é fundamental nos mercados de sementes, defensivos agrícolas, fertilizantes, máquinas e implementos agrícolas. 


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