A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) publicou nesta quinta-feira (12) o 8º Levantamento da Safra de Grãos 2021/22. Segundo o estudo, as estimativas para exportações de milho este ano aumentaram, passando de 37 para 38 milhões de toneladas. A alta é explicada pelo crescimento da produção brasileira, alinhada à demanda internacional aquecida. Se confirmado, os embarques para o mercado externo terão um incremento de 82,6% em relação à safra anterior.
Para os demais produtos, as estimativas de exportação foram mantidas. A previsão é de sejam enviadas para fora do país 2 milhões de toneladas de algodão, 1,3 milhão de toneladas de arroz, 200 mil toneladas de feijão e 77 milhões de toneladas de soja.
Segundo o relatório, no caso do trigo, a expectativa de venda para o mercado internacional continua em 3 milhões de toneladas, de acordo com informações referentes à safra 2021, que possui o ano comercial de agosto de 2021 a julho de 2022.
Em relação aos estoques, o Levantamento indica um restabelecimento da disponibilidade interna para o milho, que deverá ser de 10,4 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 34,7% comparado à safra 2020/21. Para o feijão, o estoque de passagem deverá ser de 304,1 mil toneladas, volume que deverá contribuir para a manutenção da normalidade do abastecimento interno.
No caso da soja, os esmagamentos deverão aumentar em 345 mil toneladas, chegando a 46,85 milhões de toneladas. Com o aumento de produção e de esmagamentos, os estoques de passagem para a safra 2021/22 do produto em grãos estão estimados em 3,56 milhões de toneladas.
Quanto ao arroz, o cenário é de diminuição em 16,1% dos estoques finais, com um montante de 2,1 milhões de toneladas em dezembro de 2022.
Na comparação entre os meses de abril e março, os preços médios mensais dos produtos nas principais praças foram desvalorizados. O valor do milho e do trigo no Paraná tiveram queda de 14,26% e 4,92%, respectivamente. No Rio Grande do Sul, o preço do arroz reduziu 3% e o da soja no Mato Grosso apresentou queda de 8,5%.
Por outro lado, o preço do algodão aumentou 2,7% no estado mato-grossense e o do feijão cores cresceu 6,56% em São Paulo.
A Companhia Nacional de Abastecimento não alterou as estimativas de importação de nenhum produto em relação ao levantamento anterior.
Ainda segundo levantamento, a previsão de colheita de grãos para a safra 2021/22 no Brasil é de 271,8 milhões de toneladas. Saiba mais.
Com informações da Conab
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