Conab prevê leve aumento da exportação de milho da safra 2021/22

Brasil deve enviar ao mercado externo 0,3% a mais em comparação ao ciclo anterior

12/05/2022 às 18:01 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) divulgou os números do levantamento sobre a atual safra de grãos no país. De acordo com a Companhia a previsão é de sejam produzidas 270,2 milhões de toneladas. Comparada a estimativa publicada no mês anterior, de uma safra de 269,3, o resultado apresenta um ligeiro aumento de 0,3%, o que representa cerca de 851 mil toneladas.

O acréscimo é justificado pelo aumento na área de soja e do melhor desenvolvimento no final do ciclo das lavouras, sobretudo de arroz, milho e da oleaginosa. Já em relação ao ciclo passado, que chegou a 255,5 milhões de toneladas, a elevação atinge 14,65 milhões de toneladas, ou seja, 5,7%.

No caso do milho, a nova estimativa para a produção total está prevista para 114,58 milhões de toneladas. Na primeira safra do cereal, a colheita está em 24,67 milhões de toneladas, enquanto que na segunda a previsão é de uma produção de 87,69 milhões de toneladas. A terceira tem uma estimativa de 2,21 milhões de toneladas.

Com a atualização, a Conab ainda espera uma forte recuperação na produtividade do grão com relação à temporada 2020/21, com consequente ampliação na colheita.

Segundo o diretor de Informações Agropecuárias e Políticas Agrícolas, Sergio De Zen, apesar da estiagem registrada, a produtividade no estado goiano deve aumentar 31,7% em relação ao ciclo anterior. “A atual safra não irá atingir a produtividade potencial, mas ainda tende a ser uma boa produção principalmente pelas lavouras implantadas mais cedo. No entanto, ainda precisamos ter atenção com o desenvolvimento da cultura. A maior parte do milho semeado se encontra em estágios de desenvolvimento em que o clima é preponderante. Para Mato Grosso e Goiás há uma tendência de déficit hídrico. Já em Mato Grosso do Sul e no Paraná, a maior preocupação é com o risco de geadas”, ressalta.

As lavouras de algodão, outra importante cultura de segunda safra, têm apresentado clima favorável para o desenvolvimento da fibra que, aliada ao ganho de área, resulta numa produção de 2,82 milhões de toneladas. Se confirmado, o volume estimado de pluma será o segundo maior já registrado na série histórica, sendo 19,5% superior à safra passada, ficando atrás apenas do ciclo 2019/20.

Em relação ao feijão, a expectativa de uma boa segunda safra vem se confirmando, uma vez que o clima mais favorável contribui para um maior rendimento dos grãos na maioria das regiões produtoras. A expectativa de colheita em 1,4 milhão de toneladas corresponde ao incremento de 23,3% em relação ao mesmo período da safra 2020/21.

Já entre as culturas de primeira safra, a soja tem apresentado cerca de 95% da área colhida. A estimativa de produção da oleaginosa está em 123,8 milhões de toneladas, o que equivale a uma redução de 10,4% em relação à safra anterior. No caso do arroz, a colheita atinge 91% da área. A expectativa da Companhia Nacional de Abastecimento é de que o Brasil produza 10,7 milhões de toneladas, queda de 9,1% em relação ao volume produzido na safra passada. A queda registrada para estes grãos neste ciclo é explicada pela estiagem que assolou estados do Sul do país e em parte do Mato Grosso do Sul entre o fim de 2021 e início deste ano.

Dentre as culturas de inverno, o panorama de mercado de trigo estimula os produtores. A expectativa de área plantada do grão no país teve uma elevação de 3%, com destaque para o Rio Grande do Sul, onde a intenção de plantio mostra uma elevação de 9,7%, saltando de 1,16 para 1,27 milhão de hectares.

Com informações da Conab

Foto de capa: Epagri (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina)


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