Vendas no varejo sobem 1% e fecham primeiro trimestre em alta, diz o IBGE

Índice é ainda maior comparado ao mesmo período do ano passado

10/05/2022 às 14:30 atualizado por Daniel Catuver - SBA | Siga-nos no Google News
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Dados da PMC (Pesquisa Mensal de Comércio), divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE, mostram que em março de 2022 o volume de vendas do comércio varejista no Brasil cresceu 1% em comparação a fevereiro, apresentando o terceiro mês consecutivo de alta.

Já em relação ao mesmo período do ano passado, a alta foi de 4%, fechando o primeiro trimestre com aumento de 1,3% em relação aos três primeiros meses de 2021.
No comércio varejista ampliado, que, além do varejo, inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas apresentou aumento de 0,7% frente a fevereiro.

Para o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, a terceira alta consecutiva chama a atenção, já que não acontecia desde maio a outubro de 2020, período em que o comércio começou a se recuperar após as grandes quedas registradas no auge da pandemia da Covid-19. “A trajetória vinha sendo claudicante, irregular. Esses três meses de alta significam um trimestre forte, embora os crescimentos ainda não sejam homogêneos entre todas as atividades”, explica.

Em março, o setor ficou 2,6% acima do patamar pré-pandemia de fevereiro de 2020, enquanto que o varejo ampliado registrou 1,7%. Entretanto, a recuperação ainda não é difundida entre as atividades, já que seis setores estão abaixo do patamar pré-pandemia, e quatro estão acima, considerando o comércio varejista ampliado.

Na passagem de fevereiro para março, seis das oito atividades apresentaram alta, com destaque para o desempenho de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação e para outros artigos de uso pessoal e doméstico, com altas de 13,9% e 3,4%, respectivamente.

O gerente da pesquisa do IBGE ressalta que, neste último, houve boa contribuição das lojas de departamentos. “As grandes varejistas começaram a ensaiar uma retomada das lojas físicas, com expansão principalmente no Nordeste e Norte, mas em todo o país”, explica.

Outros setores que apresentaram alta em março foram livros, jornais, revistas e papelaria (4,7%), combustíveis e lubrificantes (0,4%), móveis e eletrodomésticos (0,2%) e tecidos, vestuário e calçados (0,1%). Por outro lado, duas atividades diminuíram o volume de vendas: hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-5,9%).

A pesquisa

A PMC produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do comércio varejista no país, investigando a receita bruta de revenda nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, e cuja atividade principal é o comércio varejista. Iniciada em 1995, a pesquisa traz resultados mensais da variação do volume e receita nominal de vendas para o comércio varejista e comércio varejista ampliado, que inclui automóveis e materiais de construção, com dados para o Brasil e as unidades da federação. Mais informações podem ser consultadas no Banco de Tabelas Estatísticas do IBGE.

Com informações da Agência IBGE Notícias

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil


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