A liberação de cargas no porto de Santos (SP) voltou a atrasar, neste final de semana, com a retomada de uma "operação padrão" realizada por auditores da Receita Federal, atualmente em estado de greve. Milhares de mercadorias importadas - incluindo as do agronegócio -, que antes eram liberadas para compradores entre 48 horas e 72 horas, agora enfrentam demora entre 60 a 90 dias.
A operação é uma resposta da categoria à falta de acordo com o governo federal para o reajuste de salários, a abertura de concursos públicos e o corte de orçamento da Receita Federal.
O envio de carregamentos para fora do país também é afetado, com aumento de tempo de embarque saltando de dois para mais de 30.
A Federação Nacional dos Despachantes Aduaneiros estima prejuízo diário de R$ 300 mil a R$ 500 mil para importadores e exportadores. A Receita Federal informou que não se manifesta sobre greve ou mobilizações.