Senado homenageia os 49 anos de criação da Embrapa

Sessão solene foi realizada nesta quinta-feira; empresa gera 41 mil empregos

29/04/2022 às 08:52 atualizado por Valdecir Cremon - SBA | Siga-nos no Google News
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A relevância da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) para a agropecuária e a agroindústria brasileiras foi destacada por senadores em sessão especial para homenagear os 49 anos da instituição, nesta quinta-feira (28). 

Criada pela Lei 5.851, de 1972, a Embrapa teve os estatutos aprovados em 28 de março de 1973. A primeira diretoria foi empossada em 26 de abril daquele ano. Ex-diretor de uma unidade da empresa pública no Piauí por dez anos, Elmano disse que as autoridades brasileiras têm responsabilidade com o órgão que, conforme o senador, ajudou a criar e desenvolver o agronegócio do país. 

O valor estimado da contribuição da Embrapa para a agricultura nacional em 2020, por exemplo, foi de R$ 62 bilhões, com geração de 41 mil empregos. Resultado bem maior do que o orçamento autorizado para a instituição naquele ano, que foi de aproximadamente R$ 3,4 bilhões, ressaltou. 

Desafios
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Paulo Alvim, lembrou que a Embrapa sempre foi movida por desafios, tendo a empresa ajudado o Brasil a se antecipar nas questões ambientais. Segundo o ministro, a instituição levou o país a se tornar referência em cultura agrotropical, o que, na opinião de Alvim, tornou o Brasil uma potência mundial no setor. 

Paulo Alvim avaliou que o fato de a Embrapa ter se envolvido há mais de uma década com os estudos sobre mudanças climáticas fez com que o Brasil se antecipasse na temática. Segundo o ministro, esses estudos produzidos pela instituição ajudaram o país a apresentar uma postura diferenciada junto à Conferência do Clima ocorrida em novembro, em Glasgow, na Escócia.

"As iniciativas da Embrapa contribuem para mudança de imagem do Brasil, que já é uma potência agroambiental. Instituições internacionais começam a reconhecer esse fato e a pedir ajuda, como ocorreu recentemente, vindo da direção da OMC [Organização Mundial do Comércio]. O Brasil tem um compromisso planetário, de uma produção agroindustrial sustentável", disse o ministro.

Preparo para as demandas
O presidente da Embrapa, Celso Moretti, disse que “feliz é o país que tem memória e reconhece o esforço de homens e mulheres que trabalham para mudar a realidade da segurança alimentar do Brasil e do mundo”. Ele garantiu que a empresa age com transparência e afirmou que, para cada real investido na instituição em 2021, por exemplo, foram devolvidos R$ 12 em forma de benefícios para a sociedade. Moretti anunciou ainda que a área para a produção de produtos como o trigo será aumentada em 13% este ano, o que elevará a colheita dos atuais 7,5 milhões para 8,5 milhões de toneladas em 2022. 

O secretário de Inovação, Desenvolvimento Rural e Irrigação do Ministério da Agricultura, Fernando Camargo, apontou que a Embrapa tem desafios para os próximos 50 anos, especialmente no desenvolvimento de tecnologias para produção sustentável de alimentos. Ele ressaltou, no entanto, que a instituição é capacitada para fazer frente a todas as demandas. 

Com informações e foto da Agência Senado


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