Inflação afeta mercado de produtos lácteos do Paraná

Com a alta, setor recompõe parcialmente dos resultados negativos registrados no semestre passado

26/04/2022 às 23:59 atualizado por Valdecir Cremon - SBA | Siga-nos no Google News
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Puxados pela inflação mundial e pela redução da oferta, o mercado de lácteos do Paraná manteve a tendência de alta em março e abril. Praticamente todos os derivados tiveram ganhos de preço, chegando aos maiores valores nominais históricos, conforme apontou levantamento do Conseleite (Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite) do Paraná,nesta terça-feira (26). 

Assim, o setor ensaia uma recuperação do momento difícil enfrentado no segundo semestre de 2021 e início deste ano, que levou muitos produtores a deixarem a atividade.

Com o atual movimento de alta, o valor de referência do leite – usado como base na negociação entre produtores e industriais – fechou março com alta de 12%. A projeção é de que haja nova variação positiva de 8,45% em abril, com o valor de referência chegando a R$ 2,2134.

Os dois produtos mais comercializados no Paraná, o muçarela e o UHT tiveram ganho de preço superior a 20%, em dois meses. Juntos, esses dois derivados respondem por mais de 25% do mix de comercialização. No caso do muçarela, a alta foi de 24,46%, em relação ao patamar registrado em fevereiro. Por sua vez, os preços do UHT subiram 21%.

Além do muçarela, outros queijos também vêm em valorização significativa. Em comparação a fevereiro, os preços do queijo prato subiram 14,69%. No mesmo período, a alta do provolone foi de 14,45%; do requeijão, de 14,06%; e do queijo parmesão, 13,87%. Outros dois derivados importantes, o leite spot e o pasteurizado também ganharam preço, a índices de 23,01% e 13,02%, respectivamente.

A alta também chegou aos outros lácteos: leite em pó (8,26%), bebida láctea (11,51%), creme de leite (16,20%), manteiga (9,34%) e doce de leite (7,9%). A única exceção é o iogurte, que chegou ao seu valor nominal mais elevado em março, mas perdeu preço em abril. Ainda assim, a alta desse derivado em relação a fevereiro é de 5,94%.
 

Com informações da Faep

Foto de capa: Arquivo/Faep


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