A possibilidade do fenômeno La Niña se estender até o início de 2023 passou a ser admitida com mais força entre orgãos de acompanhamento meteorológico e especialistas após a divulgação de novo relatório do Noaa (Administração Americana de Oceano e Atmosfera, em tradução direta), no início desta semana.
O órgão prevê que “é cada vez maior” a chance de efeitos do fenômeno atravessarem o segundo semestre deste ano, com alterações climáticas em todo o continente. A previsão tem como base a temperatura mais amena que normalmente no oceano Pacífico equatorial.
Para o Inverno brasileiro, a partir de junho, as chances de manutenção mais extendida dos efeitos são de 59%, segundo o Noaa. Na mesma época, o país deverá enfrentar uma forte redução dos volume de chuva, prevista para se estender até novembro. As regiões mais afetadas serão a Central e o Sul.
Este padrão climático é, ao mesmo tempo, favorável a culturas de Inverno, mas coloca em risco a produtividade da segunda safra de milho nestas regiões.