Comida na mesa: a alta dos insumos e o consumidor final

Existe um jeito de não repassar ao consumidor? Especialista explica

19/04/2022 às 09:20 atualizado por Valdecir Cremon - SBA | Siga-nos no Google News
:

Desde janeiro do ano passado, o preço da gasolina aumentou 13 vezes e do diesel 11 vezes, isso significa 18,7% e de 24,9% respectivamente. Mas além da mobilidade de todos, o que isso afeta?

A ponta final, ou seja, os consumidores, que recebem os produtos triviais e os essenciais com os preços exorbitantes, pois a inflação oficial do país está entre 0,5 e 0,6 ponto percentual, e poderá fechar o ano em 6,5%. Isso aumenta o arroz, o feijão, a carne, entre outros insumos indispensáveis.

Isso se deve boa parte ao fator da logística, a entrega da matéria prima, ao transporte para o mercado de vendas e ao consumidor final. É muito trânsito de mercadorias envolvido e realmente o custo se eleva. Mas como não repassar essa conta para o orçamento familiar, por exemplo?

Nilson Brizoti, diretor de Tecnologia e Produtos da Pointer by PowerFleet Brasil – multinacional especializada em redução de custos para logística –, explica que a tecnologia é o caminho mais certo para que o produto não fique na prateleira e chegue ao prato do consumidor, principalmente quando se trata dos perecíveis.

A tecnologia desenvolvida pela empresa pode ajudar a economizar de ponta a ponta. Como exemplos:

Agricultura
Um dos pontos cruciais dessa tecnologia é o rastreamento de movimento. Quando a velocidade está acima ou abaixo do previsto certamente causará perda na colheita ou do plantio de grãos/cana/madeira, por exemplo. Como também na adubagem, que pode deixar de colocar a quantidade correta ou colocar acima do necessário. Quanto aos químicos que protegem uma plantação inteira, eles merecem muita atenção. A velocidade também é essencial, afinal se for rápido demais, vai colocar produtos de menos, se for devagar, o plantio estará comprometido por completo, além de gerar um alto custo para a empresa. Outros benefícios que podem render milhões ao setor estão no armazenamento e na gestão de planejamento estratégico que fazem a integração dos serviços garantindo o sucesso desde o plantio até a venda do produto.  

Logística
Aproximadamente 40% dos custos de uma frota é com combustível. A Internet das Coisas (IoT), têm sido uma das soluções mais eficazes para redução do insumo, capaz de entregar uma economia de até 26% por mês, em uma frota de 8 mil veículos. Além de calcular as possíveis rotas, os dados conseguem garantir qual delas será a melhor e vai exigir menos esforço do veículo, bem como identificar gastos inadequados como uso de ar condicionado, enquanto os veículos estão ociosos, fato que acontece muito quando os motoristas param para descansar. Além disso, o monitoramento do desempenho do condutor, permite economias significativas nesta área.

Armazenamento
Quando existe uma margem de perda de produtos durante a logística esse custo já está embutido no valor para o consumidor final, e isso pode ser evitado com a tecnologia. A IoT pode assegurar ao gestor de armazenagem, quando foi, onde foi e até quem foi o responsável pela falta de atenção. Com sensores e câmeras inteligentes acoplados nas caixas e contêineres é possível ter em mãos todo o histórico daquela mercadoria. Ainda, permite uma contagem automatizada no galpão e, também, existem muitos tipos de ativos: aqueles que precisam estar em uma determinada temperatura, os que não podem ter movimentação brusca, ou mesmo os perecíveis. 


Últimas Notícias