Uma boa notícia para os consumidores de energia elétrica produzida pela matriz hidro. Os níveis dos reservatórios melhoraram do ano passado para cá, considerando que a maioria atingiu um percentual de reserva de água suficiente para o enfrentando do período seco de 2022. A comemoração ainda não ode ser completa porque, segundo autoridades do governo, os reservatórios ainda não recuperaram o patamar ideal.
Por conta disso, o governo federal anunciou o fim da cobrança de uma taxa extra sobre todas as contas de energia do país, desde o dia 16 de abril, sábado passado. A decisão antecipou em duas semanas a retirada do custo extra, prevista para ir até 30 de abril. A bandeira escassez hídrica adicionou R$ 14,20 às contas de energia para cada 100 mWh consumidos, exceto para as famílias inscritas em programas sociais.
Há um ano - e pela primeira vez em um século -, o Sistema Nacional de Meteorologia emitiu um alerta de emergência hídrica ao país, com ameaça de apagão devido à falta de chuvas na região centro-sul. Por conta disso, o país acumulou prejuízos que ultrapassaram a R$ 33 bilhões e com previsão de reflexos até 2024.
As áreas mais impactadas foram a agrícola e a pecuária, especial no Sul do país, com perdas de praticamente todas as culturas de grãos e aumento dos custos de produção. O Rio Grande do Sul teve perdas de quase 100% nas plantações de milho e de soja. Também houve grandes prejuízos nestas culturas em Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, único estado afetado no Centro-Oeste.
Apesar da melhora da reserva de água nos reservatórios, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais indica que é preciso manter cautela porque o bo resultado das chuvas, neste ano, não garante que o problema esteja resolvido nem que haja garantias para o próximo ano.
A geração de energia hidroelétrica representa quase 70% do total da matriz energética brasileira. O restante é coberto pelas geradoras eólica, termoelétrica, solar e de biodigestão.
Foto: Usina Hidrelétrica Mauá/Agência Brasil