Governo realiza primeira privatização portuária do Brasil

Empresa vai gerir os portos de Vitória e de Barra do Riacho

31/03/2022 às 17:33 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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A primeira privatização portuária do Brasil foi realizada ontem (31). O leilão da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), foi vencido pelo consórcio FIP Shelf 119-Multiestratégia, administrado pela Quadra Capital, em uma disputa acirrada, com mais de 40 lances. 

A empresa vai gerir os portos de Vitória (ES) e de Barra do Riacho (ES), pelos próximos 35 anos. Os investimentos previstos são de R$ 850 milhões, sendo R$ 335 milhões na ampliação e modernização daqueles portos. A modelagem, inédita no Brasil, foi qualificada no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) por meio do Decreto nº 9.852/2019.

A nova companhia será responsável pela administração de dois portos com fiscalização da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). 

"A bem-sucedida desestatização da Companhia nos mostra que o futuro da infraestrutura de transportes está cada vez mais próxima da gente. Com os investimentos previstos, será possível dotar os portos de Vitória e de Barra do Riacho das melhores práticas e tecnologias existentes no mundo hoje. Na prática, é desenvolvimento, empregos e aprimoramento de toda a cadeia logística brasileira”, disse o ministro da Infraestrutura.

Investimentos prioritários

De imediato, o arrendatário deverá aportar R$ 55 milhões na recuperação estrutural de todo o complexo portuário, R$ 34 milhões na recuperação dos berços dos terminais Peiú e de São Torquato e mais de R$ 270 milhões na modernização do canal de acesso.

Também estão previstos R$ 10 milhões como contrapartida na reforma de armazéns e em melhorias urbanas no acesso ao porto. 

A aplicação dos recursos deverá dobrar a movimentação de cargas do Porto de Vitória de 7 milhões de toneladas para 14 milhões de toneladas por ano.

Para Barra do Riacho, há a possibilidade de exploração de novas áreas, uma vez que 522 mil metros quadrados, de um total de 860 mil metros quadrados, são greenfield – ou seja, para projetos que começam do zero – e poderão ser destinados a novas atividades na zona portuária.

Com informações do Governo Federal

Foto de capa: Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa)


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