O Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite do Estado do Rio Grande do Sul (Conseleite-RS) criticou - por meio de nota divulgada ontem (23) - a decisão do governo federal em zerar o imposto de importação do queijo mussarela. Segundo a entidade, os produtores e as indústrias enfrentam uma das maiores crises de competitividade da história. O grupo representa Sindilat/RS, Apil, Farsul, Fetag-RS, Fecoagro/RS, Fetraf-RS, Gadolando e Gado Jersey RS.
A mudança proposta pelo governo foi aprovada na última segunda-feira (21) pelo Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex), e publicada no Diário Oficial ontem (23), por meio da Resolução GECEX Nº 317.
Com isso, o queijo muçarela será incluído na Lista de Exceções à TEC do Mercosul até 31 de dezembro de 2022, estendendo a todos os demais países o benefício fiscal já concedido aos integrantes do Mercosul. A medida também vale para café moído, margarina, macarrão, óleo de soja, etanol e açúcar.
De acordo com a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do RS (Fetag), diferente de produtores americanos e europeus, os brasileiros não recebem subsídios, o que torna a concorrência sem tributação ainda mais injusta.
Além da alta de custos que reduziu a rentabilidade das operações a níveis praticamente insustentáveis, amarga-se os impactos da redução de consumo em decorrência da renda decrescente das famílias.
Com informações do Conseleite/RS
Foto de capa: Wenderson Araujo