Conflito no leste europeu preocupa mercado suinícola brasileiro

Preços do milho e farelo de soja são os principais responsáveis pelo temor

10/03/2022 às 10:25 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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De acordo com informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o setor suinícola nacional está apreensivo com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, devido aos custos dos principais insumos da atividade, milho e farelo de soja, que estão elevados e tendem a subir mais. 

A Rússia e a Ucrânia estão entre os maiores produtores mundiais de trigo e ambos têm forte relevância na oferta de excedentes para transações externas. No atual contexto, os preços internacionais do trigo dispararam, influenciando também os valores de outros grãos, como milho e soja. 

Vale lembrar que muitos agentes do setor suinícola brasileiro relatam já trabalhar com margens negativas, e novos reajustes nos preços do grão devem intensificar os prejuízos. No caso das exportações brasileiras de carne suína à Rússia, o conflito não deve trazer grandes impactos. 

Atualmente, os envios nacionais ao país russo representam apenas 5,9% dos embarques totais. Ressalta-se, contudo, que o país já teve um papel de destaque no setor suinícola nacional. Por 16 anos, a Rússia foi o principal destino da carne suína brasileira, chegando a ser responsável por 77% das vendas nacionais em 2002, e se mantendo na liderança até 2017. 

Desde 2018, porém, com a proibição da entrada do produto brasileiro no país por conta de barreiras não-tarifárias, os embarques à Rússia não representam mais grande parte das exportações nacionais, mesmo após revogadas as proibições.

Informações por Cepea

Foto de capa: Wenderson Araújo/ Trilux/ Sistema CNA Senar


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