Diante do conflito entre Rússia e Ucrânia, o escoamento de commodities pela Bielorrússia permanece fechado após sanções econômicas impostas por nações europeias e Estados Unidos. Assim, exportações de potássio - minério extremamente necessário à agricultura brasileira - estão paradas.
A ministra da agricultura Tereza Cristina Corrêa falou sobre o fornecimento de fertilizantes ao Brasil e as dificuldades que o setor deve sofrer nas próximas safras, em entrevista à CNN Brasil, nesta quarta-feira (2).
Mais de 90% do que é consumido de potássio no Brasil vem de países como a Rússia, Ucrânia, Bielorrússia e Lituânia. Diante da preocupação do desabastecimento, o ministério tem articulado a compra do minério de fornecedores, como o Canadá e o Irã.
“Apesar da forte dependência de importações do NPK, nitrogênio, fósforo e potássio, nós temos um estoque de passagem e estamos conversando com a associação nacional de adubo, a Anda, que tem um estoque 'de passagem' para chegarmos até a próxima safra, em outubro”, afirmou a ministra.
Disse também que as preocupações do setor ficarão concentradas principalmente nos preços futuros de insumos, decorrentes das atuais sanções aplicadas à Rússia.
Tereza Cristina informou que vai dia 12 de março ao Canadá, país que concentra a maior produção de potássio do mundo, para tentar novos acordos comerciais, a fim de diminuir as tensões sobre o fornecimento.
Caravana Embrapa
Durante coletiva de imprensa na sede do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) nesta quarta-feira (2), a Tereza Cristina informou que o Mapa irá integrar ações junto a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) na “Caravana FertBrasil”, para minimizar os problemas relacionados aos volumes disponíveis de fertilizantes.
A caravana da Embrapa busca aumentar a eficiência dos fertilizantes e insumos para a nutrição de plantas no setor agrícola do Brasil.
*Supervisionado por Valdecir Cremon