Vacina brasileira contra Covid-19 deve ficar pronta até o final do ano

Expectativa é que os testes clínicos durem nove meses, segundo o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes

02/03/2022 às 09:22 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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A vacina brasileira contra a Covid-19 deverá estar disponível para uso na população em nove meses, afirmou ontem (1º) o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes. O imunizante começou a fase 1 de teste em pacientes de Salvador (BA) em janeiro e é chamado de RNA MCTI CIMATEC HDT.

O imunizante, desenvolvido por pesquisadores brasileiros da Rede Vírus MCTI em parceria com a americana HDT Bio Corp, é financiado pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), e é produzido no SENAI CIMATEC de Salvador (BA).

A vacina utiliza a tecnologia de RNA mensageiro. Nesse tipo de vacina, o código genético do vírus vai para dentro do corpo, e, lá dentro, fornecem instruções para que as células e sistema imunológico construam uma resposta e gerem anticorpos.

A tecnologia RepRNA permite que o RNA seja capaz de se autorreplicar dentro das células, o que garante uma resposta imune robusta e duradoura com uma dose menor da vacina. 

O teste de fase 1 prevê a participação de 90 adultos saudáveis, com idades entre 18 e 55 anos e visa avaliar a segurança, imunogenicidade (capacidade de gerar resposta imune), e a reatogenicidade (possível reação adversa no organismo) da vacina.

O cronograma de teste prevê a aplicação do imunizante em duas doses em diferentes intervalos. O primeiro grupo receberá duas doses com intervalo de 29 dias; o segundo grupo receberá duas doses com intervalo de 57 dias. Um terceiro grupo de voluntários receberá uma dose única da vacina. Além disso, também serão avaliados três níveis de dose de 1 μg (micrograma), 5 μg ou 25 μg.

Os testes com voluntários devem acontecer também nos EUA e na Índia.
 

 

Informações por Agência Brasil

Foto de capa: Pixabay


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