Clorose Variegada dos Citros diminui e atinge sua menor incidência em 2021

Doença está presente em apenas 0,46% das laranjeiras do cinturão agrícola

02/02/2022 às 13:00 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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A Clorose Variegada dos Citros (CVC), já foi considerada a doença mais severa da citricultura, segue a tendência dos últimos anos e continua em queda em 2021, segundo levantamento anual realizado pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus).

Segundo a pesquisa, no início dos anos 2000, a incidência chegou a 46,8%. Agora, está presente em apenas 0,46% das laranjeiras do cinturão citrícola, número 100 vezes menor e que corresponde a aproximadamente 890 mil plantas – em 2020, o índice era de 1,04%, em 2019, 1,71%.

O gerente-geral do Fundecitrus, Juliano Ayres, enfatiza a importância de todo o conhecimento adquirido nos últimos anos e das rigorosas medidas de manejo adotadas pelos citricultores para o controle da doença.

"Este é o menor índice de CVC dos últimos 20 anos, o que deve ser considerado um caso de sucesso e um exemplo a ser seguido no manejo do greening [doença que, em 2021, atingiu o maior patamar já registrado no cinturão citrícola desde 2004, com 22,37% das laranjeiras doentes]", alerta.

Também conhecida como “amarelinho”, a CVC provoca o amadurecimento precoce e a redução acentuada do tamanho dos frutos, que podem perder até 75% de seu peso, levando à diminuição da produtividade.

Perdas pela doença devem ser muito baixas

O levantamento mostra que a região de Altinópolis concentra a maior incidência da doença (4,28%) e o Triângulo Mineiro, a menor (0,12%). Em Duartina, Matão, Brotas, Avaré e Itapetininga, a CVC não foi detectada – nesses locais, a doença pode estar presente, porém em níveis muito baixos para ser detectada pelo levantamento amostral.

A incidência da doença varia de acordo com a idade das plantas: quanto maior a idade, maiores os índices. Em pomares com idade acima de 10 anos, a incidência foi 0,88%, enquanto nos pomares entre 6 e 10 anos, 0,17%, e de até 2 anos, 0,02%.

Em pomares entre 3 e 5 anos de idade, a doença não foi encontrada – os menores índices em pomares mais jovens ocorrem, principalmente, pelo uso de mudas sadias e pelo longo tempo necessário para a manifestação dos primeiros sintomas após a infecção.

Com informações da Fundecitrus

Foto de capa: Fundecitrus


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