O ano de 2021 encerrou com saldo positivo em receita nas vendas externas do arroz brasileiro, de acordo com levantamento da Associação Brasileira da Indústria do Arroz (Abiarroz), divulgado nesta quinta-feira (20). No último ano, as exportações de arroz (base casca), corresponderam a US$ 363,2 milhões, contra importações de US$ 316,8 milhões, o que resultou em um superávit de US$ 46,4 milhões.
O montante embarcado em 2021 totalizou 1 milhão e 153,3 mil toneladas, contra importações de 1 milhão 004,1 mil. Desta forma, o saldo foi de 149 mil toneladas. A quantidade ficou abaixo da obtida em 2020, quando o país embarcou 1 milhão e 813 mil toneladas em consequência da forte demanda global provocada pelo auge da pandemia de covid-19, e também foi inferior à quantidade exportada em 2019.
“As exportações de arroz retomaram, em 2021, ao patamar das vendas externas de 2019, em valor, devido à valorização do dólar”, observa a gerente de Exportações da Abiarroz, Carolina Telles Matos.
“Entretanto, em quantidade, as vendas foram 20% e 36% menores do que em 2019 e 2020, respectivamente”, acrescenta.
A diminuição na quantidade exportada no último ano teve como um dos principais motivações os problemas logísticos.
“Tivemos uma forte redução na oferta de transporte marítimo, que provocou um aumento expressivo do frete de navios, além da falta de contêineres”, disse Carolina.
O Brasil passou então a utilizar big bags – embalagens plásticas com capacidade de suportar carga de até 2.000kg – para embarques de arroz.
De acordo com a Abiarroz, o Peru foi o principal comprador de arroz em 2021, passando a Venezuela. As outras posições são ocupadas por Holanda, Senegal, Gâmbia, Cuba, Costa Rica, EUA, Serra Leoa, Nicarágua e México.
Foto de capa: Wenderson AraujoTrilux
Com informações Abiarroz.