Ipea registra desaceleração na inflação por faixa de renda em dezembro

Famílias de renda muito baixa foram exceção, com alta de 0,65% para 0,74%, de novembro para dezembro

18/01/2022 às 12:59 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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O Indicador Ipea de Inflação por Faixa de Renda apresentou, mais uma vez, desaceleração em todas as classes de renda, com exceção do segmento de renda muito baixa, cuja taxa avançou de 0,65% em novembro para 0,74% em dezembro.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (18/1) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). As famílias de renda mais alta registram a maior taxa de inflação no mês de dezembro (0,82%) e os menores percentuais foram observados nas famílias com renda média e média alta (ambas com 0,70%). O detalhamento dos dados pode ser verificado na tabela abaixo:

Tabela Inflação por faixa de renda em (%) - Ipea

Em dezembro, na desagregação por grupos, os reajustes mais disseminados entre os segmentos. Nas classes de renda mais baixas, além da alta do grupo alimentos e bebidas, os grupos habitação e saúde e cuidados pessoais também exerceram pressões adicionais.

No caso dos alimentos, o reajuste das carnes (1,4%), das frutas (8,6%) e dos óleos e gorduras (2,2%), aliado à alta de 0,98% da alimentação fora do domicílio contribuíram para o resultado.

Os aumentos de energia (0,50%), da tarifa de água e esgoto (0,65%), do gás encanado (6,6%), dos aluguéis (0,65%) e dos artigos de higiene (2,3%) justificaram a alta inflacionária dos grupos habitação e saúde e cuidados pessoais para estas famílias. Além disso, o reajuste de 2,2% no vestuário também pressionou a inflação desse segmento.

As famílias de renda mais alta foram impactadas pelo aumento no preço das passagens aéreas (10,3%), do transporte por aplicativo (11,8%) e do aluguel de veículos (9,3%), que fizeram com que o grupo transporte fosse o principal responsável pela inflação deste segmento em dezembro.

Além disso, a alta dos serviços pessoais, principalmente os relacionados à recreação, como hospedagem (2,3%) e pacote turístico (2,3%) também contribuíram para a inflação desta classe no último mês de 2021.

Na comparação com dezembro de 2020, apesar da inflação ter sido menor em 2021, o recuo foi maior para as famílias de menor renda, cujo alívio se deve à melhora no desempenho dos preços dos alimentos no domicílio e dos serviços de habitação. Para os mais ricos, as maiores descompressões vieram do grupo transportes.

 

Com informações do Ipea

Foto de capa: Pixabay
 


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