Produção de café deve atingir 55,7 milhões de sacas na safra de 2022, estima Conab

De acordo com a entidade, produtores de café deverão colher a terceira maior safra do grão neste ano

18/01/2022 às 11:50 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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Segundo o primeiro levantamento da safra de café em 2022, divulgado nesta terça-feira (18) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção esperada é de 55,7 milhões de sacas de 60 quilos.

A estimativa, caso confirmada, representa um acréscimo de 16,8% em comparação à 2021, aumento que já era esperado em razão da temporada anterior ser de bienalidade negativa para a cultura.

O resultado só não é melhor que os desempenhos registrados nos anos de 2020 e 2018, as duas últimas safras de bienalidade positiva.

A queda na produção neste ano, quando comparada com 2020, é reflexo das condições climáticas adversas registradas principalmente entre os meses de julho e agosto em 2021.

A estiagem e as geadas ocorridas com maior intensidade nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, impactaram nas condições fisiológicas dos cafezais.

Com isso, as produtividades, em especial da espécie arábica, não deverão manifestar seu pleno potencial produtivo. Ainda assim, a produção para esta variedade de café deverá ser acrescida em 23,4% em relação à safra anterior, sendo estimada em 38,7 milhões sacas.

Já para o conilon, a expectativa é de um novo recorde com a colheita podendo chegar próxima a 17 milhões sacas.

Área

A área destinada à cafeicultura, quando consideradas as duas variedades, totaliza 2,23 milhões de hectares, representando acréscimo de 1,7% sobre o ciclo anterior.

Considerando apenas as lavouras em produção, o índice fica próximo da estabilidade e soma 1,824 milhão de hectares, em relação ao período anterior. Em contrapartida, a área de formação deverá ter acréscimo de 6,4%, alcançando 416,7 mil hectares.

Mercado

O cenário neste início de ano é de restrição da oferta de café no mercado interno, influenciado pela redução na produção em 2021, demanda exportadora aquecida e pelo período de entressafra.

Mesmo com a maior produção estimada no país em 2022, a tendência é que os preços do produto se mantenham pressionados, uma vez que é esperada uma redução nos estoques mundiais de café para o ciclo 2021/22. Este panorama de preços elevados estimula as vendas externas.

Apenas em 2021, o Brasil exportou cerca de 42,4 milhões de sacas de 60 quilos de café verde, o que representa um recuo de 3,3% em relação ao volume exportado no ano anterior, mas um aumento na receita de 15,3%, chegando a US$ 6,4 bilhões.

Com informações da Conab.

Foto de capa: Wenderson Araujo / Trilux / Sistema CNA Senar.


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