O mercado de suínos tem apresentado desempenho positivo neste ano. Conforme dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), as projeções apontam para recorde de produção, exportação e consumo per capita em 2021 e 2022.
A produção da proteína neste ano está estimada em 4,70 milhões de toneladas, enquanto o volume em 2022 é previsto em 4,85 milhões de toneladas, 4% maior em relação a 2021.
O consumo per capita da carne suína neste ano é estimado em 16,80 quilos e para o ano que vem deve crescer 3% e chegar a 17,30 quilos.
No último relatório trimestral do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o abate de suínos somou 13,72 milhões de cabeças, recorde na série histórica iniciada em 1997, e crescimento de 7,8% em relação ao terceiro trimestre de 2020.
Os números positivos na área de produção da suinocultura estão ligados à maior eficiência com adoção de tecnologias, gestão e melhoramento genético, além do investimento em ações de marketing junto ao varejo e consumidor, explica o consultor de mercado da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Iuri Machado.
Do outro lado de crescimento dos números, os custos de produção pressionam o bolso do suinocultor. Para 2022, a expectativa, de acordo com Machado, é que insumos como milho e soja não onerem tanto como neste ano devido à expectativa de safra recorde na temporada 2021/22.
“Por outro lado, gastos com mão de obra e insumos que dependam de importação [medicamentos, por exemplo] devem sofrer correções não somente pela pressão inflacionária mundial, mas também pelo câmbio [dólar caro]”, prevê o consultor.
A demanda por cortes de porco deve aumentar nas festas de final de ano, especialmente, por produtos in natura (pernil, lombo, costela), industrializados e leitão inteiro, que ganham espaço na mesa dos brasileiros neste período.
No churrasco, a carne de porco pode ser temperada com os clássicos sal e pimenta ou com um mix de especiarias, como páprica, limão ou lemon pepper, explica a mestre churrasqueira, Júlia Carvalho.
A assadora sugere acompanhamentos que equilibrem o sabor da carne de porco, que possui mais gordura, com comidas leves e refrescantes, como vinagrete de abacaxi, ou mais doces, como maçã ou cebola caramelizada.
“Algumas frutas vão muito bem com carne de porco, mas pode também usar os acompanhamentos tradicionais como purê de batata ou batata rústica”, aconselha.
A carne de porco torna-se mais difícil de assar em relação às outras proteínas quando servida bem passada, o ponto preferido de boa parte da população, explica a mestre churrasqueira. É preciso atenção para equilibrar o ponto da carne e a suculência.
Além da tradicional linguiça, a pele crocante do porco, a pururuca, serve bem no churrasco. “Eu acredito que o que torna a carne de porco mais atrativa é o seu sabor, ela é muito gostosa. Se bem temperada, com uma marinada bem legal, fica incrível e pode surpreender”, afirma Júlia Carvalho.
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