Estudo apresenta cenários para áreas úmidas do Corredor Azul Paraná-Paraguai

Pesquisa por encomendada pela Organização Não-Governamental Wetlands International LAC

18/11/2021 às 12:49 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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Um estudo apresentou quatro possíveis cenários projetados para o Pantanal e outras áreas úmidas existentes ao longo do percurso dos rios Paraná e Paraguai (Esteros des Iberá e o Delta do Paraná) num período de 10 a 30 anos, e apenas um aponta para a reversão do processo de degradação contínua que pode aprofundar os problemas ambientais já percebidos nessas regiões.

O estudo foi conduzido pelo pesquidador, DR. Gilberto Gallopín, sendo encomendado pela Organização Não-Governamental Wetlands International LAC (Latino-America y Caribe) e apresentado durante evento híbrido realizado na manhã de terça-feira (16).

“Fica evidente no caso especificamente do Pantanal, que sem intervenções diretas nas regiões do Planalto não vamos conseguir fazer com que se mantenha os processos das áreas úmidas seculares que é o que garante a irrigação do Pantanal”, enfatizou o Secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) de Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck.

Cenários

O estudo apresentado pelo pesquisador toma como base as diferentes forças que atuam nessas regiões, e o que pode ocorrer dependendo de algumas variáveis. O primeiro cenário pressupõe que a situação continue como está, sem que nenhuma variável se altere significativamente.

No segundo cenário, haveria prevalência das prioridades econômicas sobre outras questões e no terceiro, uma aposta em que soluções tecnológicas seriam capazes de reverter os impactos ambientais causados pela exploração desequilibrada do meio.
Nesses três casos a prospecção é de aprofundamento da degradação, empobrecimento das populações tradicionais e graves consequências para todo o meio ambiente.

Só haverá esperança se o quarto cenário – Fim da Infância – for alcançado. Nesse caso, depende de ações urgentes e abrangentes das autoridades e de todos os demais atores presentes nessas regiões para reverter o processo de degradação e implantar uma política de exploração econômica que atenda ao equilíbrio socioambiental.

“Esses cenários não são profecias, são explorações do futuro. Possíveis cursos de ação que se derivam da situação inicial e de supostas influências que podem direcionar as forças impulsoras”, afirmou Gallopín.

O secretário Jaime Verruck chama a atenção para alguns gargalos que precisam ser superados de imediato a fim de se conduzir uma política abrangente sobre o tema.

“O que indagamos é: qual a governança que temos sobre esse corredor? Porque, na verdade, são governanças nacionais e subnacionais, o que cria uma dificuldade enorme para desenvolver alguma lógica de política pública integrada. Esse é um grande problema”, questionou o secretário.


Com informações da Semagro. 

Foto de capa: André Dib. 


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