Governo e Fiocruz desassociam consumo de carne a pacientes com suspeita de vaca louca

Suspeita é que os dois casos tratam-se da Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ)

11/11/2021 às 16:23 atualizado por Thalya Godoy - SBA | Siga-nos no Google News
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) emitiu uma nota na tarde desta quinta-feira (11) em que esclarece que os dois casos de doenças neurodegenerativas investigados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), tratam-se de suspeitas da Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ).

O texto também garante que os casos não tem relação com o consumo de carne bovina. A suspeita anterior é que tratavam-se de casos de vaca louca em humanos, doença transmitida ao homem por meio de carne de animal contaminada. 

“A maior incidência da doença ocorre de forma esporádica e tem causa e fonte infecciosas desconhecidas”, afirmou o Mapa em nota.

A Fiocruz também emitiu nota em que desassocia o consumo de carne às suspeitas de enfermidade dos pacientes. 

“O Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) esclarece que os dois (02) pacientes internados para investigação de Encefalopatia Espongiforme Bovina (doença da vaca louca) estão com suspeita da forma esporádica da Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), considerando os aspectos clínicos e radiológicos”, esclareceu a Fiocruz.

Os pacientes estão internados no Centro Hospitalar para a Pandemia de Covid-19 do INI e ambos os casos não tem confirmação diagnóstica. O instituto afirmou que não irá divulgar dados sobre a identificação dos pacientes. 

De acordo com informações do Ministério da Saúde, foram notificados entre 2005 e 2014 no Brasil 603 casos suspeitos de DCJ. 

Desde que a vigilância da DCJ foi instituída no Brasil, nenhum caso da forma vDCJ foi confirmado. A vDCJ é uma variante da DCJ, associada ao consumo de carne bovina.


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