O preço médio da saca de soja em Mato Grosso do Sul, entre janeiro e setembro de 2021, chegou a R$ 155,45, valor 60% superior ao registrado no mesmo período de 2020.
De acordo com o Departamento Técnico do Sistema Famasul, esse movimento de alta é uma realidade desde o segundo semestre de 2019, que vem se intensificando nos últimos dois anos.
A média da saca registrada em setembro deste ano foi de R$ 159,01, o que corresponde a 13,77% a mais do que no mesmo mês de 2020, quando o valor era de R$ 139,77. E a expectativa para 2022 é que o ambiente permaneça propício para a manutenção dos preços em alta, porém com valorizações não tão expressivas como as observadas em 2021.
Os fatores que justificam a valorização continuarão presentes: preço da commodity em alta no mercado externo, dólar valorizado com cotação ao redor de R$ 5,20 em 2021 e 2022 e demanda aquecida evidenciada nas projeções da Conab, que prevê aumento de 11% no esmagamento e crescimento de 5% nas exportações brasileiras da oleaginosa, em 2022.
Segundo o gerente técnico, José Pádua, o aumento no custo de produção é preocupante, mas o produtor rural está preparado para os desafios.
“Os produtores já adotaram estratégias para aquisição dos insumos com a compra antecipada e o pagamento à vista, e deverão buscar ganhos de produtividade que permitam diluir o custo, garantir a rentabilidade e minimizar os efeitos desse aumento”, afirma.
“O crescimento da produtividade e da produção só será interrompido se houver adversidade climática com chuvas irregulares que retardam o plantio da safra e prejudiquem o desenvolvimento da lavoura”, complementa.
Com informações Famasul.