ABPA rebate declaração de ministro francês sobre frango brasileiro

Ministro da Agricultura disse que a proteína brasileira não tem o mesmo impacto na saúde das crianças que a francesa

14/09/2021 às 12:05 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) rebateu em nota publicada no último sábado (11), a afirmação do ministro da agricultura da França, Julian Denormandie, de que a carne de frango produzida no Brasil “não tem o mesmo impacto sobre a saúde das crianças que um peito de frango francês”. O comentário foi realizado em uma feira agrícola.

A entidade brasileira classificou o comentário como protecionista, dadas as negociações para o acordo entre Mercosul e União Europeia.

Confira a nota na íntegra:

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) lamenta profundamente as falas infelizes do ministro da agricultura francês, Julien Denormandie, nas quais exalta que uma carne de frango produzida no Brasil “não tem o mesmo impacto sobre a saúde das crianças que um peito de frango francês”.

O comentário, de cunho claramente protecionista – feito em meio à uma feira agrícola na França, e diante das negociações para o Acordo Mercosul-União Europeia – desrespeita o trabalho de excelência em qualidade, sustentabilidade e defesa sanitária desempenhado pela avicultura brasileira que é, por exemplo, livre de Influenza Aviária.

A fala também afronta o trabalho de inspeção sanitária realizado pelas autoridades sanitárias europeias, que exige e garante que os produtos importados – como a carne de frango do Brasil – sigam padrões sanitários equivalentes aos dos europeus.  Há quatro décadas, contribuímos para a segurança alimentar e complementaridade da produção da União Europeia, sem qualquer registro de problema ou relação com situação de saúde pública.

Cabe lembrar que o Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, atende com excelência aos mais exigentes critérios internacionais sanitários, o que permitiu ao país fortalecer sua posição como maior fornecedor internacional do produto. É o atestado de aprovação de mais de 150 nações aos critérios de qualidade, de sustentabilidade e sanidade estabelecidos pelo Brasil.

Por tudo isto e em prol das boas relações existentes entre as duas nações, desejamos contar com mais respeito e seriedade nas declarações do senhor Denormandie, em acordo com a posição de um ministro que trata de questões alimentares.


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