Conab estima safra de grãos 20/21 em 252,3 milhões de toneladas

Companhia estima aponta redução de 1,8% em relação ao anterior

09/09/2021 às 10:44 atualizado por Thauana Luares* - SBA | Siga-nos no Google News
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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a safra de grãos 2020/21 deve atingir 252,3 milhões de toneladas, uma redução de 1,6 milhão de toneladas, equivalente a 1,8% a menos em comparação a anterior, e 4,7 milhões de toneladas abaixo da previsão do levantamento realizado em agosto deste ano.

O 12º Levantamento da Safra de Grãos 2020/2021 foi apresentado nesta quinta-feira (9) pela Conab em uma live.

A expectativa de cultivo dessas áreas ficou em 69,93 milhões, um aumento de 4,6%, cerca de 3 milhões de hectares superior ao anterior.

Segundo o diretor-presidente da Conab, Guilherme Augusto Sanches Ribeiro, as culturas que tiveram as maiores perdas foram do milho e do feijão, por causa da seca e temperaturas baixas. Entretanto, a produção de soja registrou um recorde de cultivo em comparação a safra antecedente.

“Estas perdas foram observadas principalmente nas culturas da segunda safra do milho e do feijão, porque nós tivemos uma seca muito prolongada, e as baixas temperaturas adicionadas aos eventos de geadas no centro-sul, fizeram com que tivéssemos esta baixa e esse número final no 12º levantamento, mas é bom ressaltar que a nossa produção da soja foi recorde, fizemos uma colheita de 135,9 milhões de toneladas, um aumento de 8,9% em comparação à safra anterior”, explica Sanches.

O gerente de acompanhamento de safras da Conab, Maurício Lopes, explicou que Minas Gerais, um dos grandes produtores de grãos do país, foi muito afetado pelos eventos climáticos e que a produção do Estado será de cerca de 14 milhões de toneladas de grãos.

“Minas Gerais foi extremamente afetada não só pela seca como também pela geadas, para esta safra a produção total estimada para o estado é de um pouco mais de 14 milhões de toneladas,  uma área em torno de 3,8 milhões de hectares”, apontou Lopes.

Por fim, com relação ao mês de agosto em comparação com o mês de julho, houve uma elevação do preço do arroz em 7,2% no Rio grande do Sul, do feijão de cores em 3,5% em São Paulo, do feijão preto em 4,5% no Paraná, do milho em 14% em Mato Grosso, de trigo em 7,8%no Paraná, da soja em 6,8% em Mato Grosso e 3,76% no Paraná, e alta de 5,8% no valor do algodão em Mato Grosso.

*Texto com supervisão do jornalista Douglas Silvério

Foto de capa: Wenderson AraujoTrilux-Sistema CNA Senar


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