Nota emitida neste sábado (4) pela Secretaria de Defesa Agropecuária, subordinada ao Ministério da Agricultura, confirma a ocorrência de dois casos atípicos da doença conhecida por vaca louca (encefalopatia espongiforme bovina) em Mato Grosso e Minas Gerais. Ao mesmo tempo, o governo anuncia medidas de prevenção ao avanço da doença e a proteção a mercados consumidores de proteína animal produzida no Brasil.
Os animais contaminados estavam em frigoríficos de Nova Canaã do Norte (MT) e de Belo Horizonte (MG), segundo a nota.
Governo investiga suspeita de caso atípico de vaca louca em MG
Veja reação do mercado aos casos de 'vaca louca'
Com esses, o país registra o quarto e quinto casos da doença em sua forma atípica em mais de 23 anos de vigilância. A nota reforça que o Brasil nunca registrou contaminações pela forma clássica, que teve o caso mais grave no Reino Unido, nas décadas de 1980, com o sacrifício de milhares de animais.
Segundo a nota do ministério, casos atípicos ocorrem de maneira espontânea e esporádica e não estão relacionados à ingestão de alimentos contaminados. Não há risco para a saúde humana, segundo o governo.
Os animais contaminados são classificados em fase "de descarte", com idade avançada.
Ações sanitárias de redução de risco foram executadas nesta semana, antes da emissão de um laudo técnico pelo laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Alberta (Canadá).
Medidas
Nesta sexta-feira (3), o governo notificou oficialmente a OIE, conforme preveem as normas internacionais, além de enviar comunicado à China - o maior comprador de carne do Brasil - sobre a suspensão temporária das exportações. A medida vale a partir deste sábado e deve durar até até análise das autoridades chineses sobre os casos.
Leia a nota do Mapa:
