Receita com exportação de café totaliza US$ 3,2 bilhões no primeiro semestre de 2021

Volume físico exportado no período corresponde 23,73 milhões de sacas de 60kg

20/08/2021 às 12:51 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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A receita cambial obtida com a exportação dos Cafés do Brasil nos sete primeiros meses de 2021 totalizou um volume financeiro de US$ 3,203 bilhões. O montante é 7% maior que o rendimento registrado no mesmo período do ano passado.

Apenas no mês de julho, o volume foi de US$ 402,7 milhões, valor que correspondeu a um acréscimo de 5,6% em relação ao mesmo mês do ano passado, cuja receita foi de US$ 381,2 milhões.

O setor cafeeiro nacional exportou, em termos de volume físico, o equivalente 2,826 milhões de sacas de 60kg, somente no mês de julho deste ano. O volume representou um decréscimo de 12,8%, caso esse desempenho seja comparado com o mês de julho de 2020.

Em relação ao total acumulado nos sete meses deste ano, as exportações dos Cafés do Brasil atingiram um volume de 23,73 milhões de sacas, o que equivale a um aumento de 2,2% em relação aos sete primeiros meses de 2020.

De acordo com o ranking dos cinco países importadores dos Cafés do Brasil, no acumulado dos sete primeiros meses de 2021, os Estados Unidos mantiveram a hegemonia dos países compradores do produto nacional, com 4,512 milhões de sacas de 60kg, o que representou um crescimento de 4,5%, na comparação com o mesmo período em 2020. 

Na segunda colocação está a Alemanha, com 4,178 milhões de sacas, que também registrou um acréscimo de 5,5%; em terceiro lugar, está a Bélgica, com 1,694 milhão (+1,1%); em quarto, a Itália, com 1,681 milhão apesar de registrar um decréscimo de 9,5% nas importações; e, em quinto, o Japão, com a importação de 1,339 milhão de sacas, volume físico que correspondeu a um aumento expressivo de 12,8%.

Os dados e números mencionados anteriormente que estão permitindo realizar está analise da performance das exportações dos Cafés do Brasil, tanto especificamente do mês de julho de 2021, como do acumulado dos sete meses do ano em curso, foram obtidos do Relatório mensal – julho 2021, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), o qual está disponível na íntegra no Observatório do Café, do Consórcio Pesquisa Café, rede integrada de pesquisa coordenada pela Embrapa Café.

Conforme ainda o que consta do Relatório do Cecafé, as exportações brasileiras dos cafés especiais totalizaram, também no acumulado de janeiro a julho de 2021, o equivalente a 3,868 milhões de sacas de 60kg. 

Neste caso, para o Conselho, são considerados cafés diferenciados os que têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis.

Tais números das exportações dos cafés diferenciados atingiram um volume que equivale a 16,3% do total geral dos cafés brasileiros exportados nesse período, o que representa um crescimento de 1,3% em relação ao mesmo período anterior.

Nesse mesmo contexto, vale ressaltar que o preço médio da saca de café diferenciado exportada foi de US$ 174,86, o que proporcionou uma receita cambial total de US$ 676,3 milhões nos sete meses, ora em tela. 

Essa arrecadação denota uma evolução de 7,7% no comparativo da receita com o mesmo período anterior, e, mais que isso, uma participação de 21,1% no total geral arrecadado, de janeiro a julho de 2021, com a exportação dos Cafés do Brasil. 

Ainda de acordo com o Relatório mensal – julho 2021,  as exportações de café verde também teve destaque, com o melhor desempenho dos últimos cinco anos, no período de janeiro a julho de 2021, se comparado com os mesmos períodos anteriores. 

Neste contexto, o café da espécie arábica foi o mais vendido ao exterior, com 19,227 milhões de sacas de 60kg, volume que corresponde a 81% do total. Com relação ao café canéfora, que, no caso, inclui o robusta e o conilon, o volume exportado foi de 2,337 milhões de sacas, o qual equivale a 9,8% do total. 

O café solúvel exportou volume físico equivalente a 2,152 milhões de sacas de 60kg (9,1%), e o torrado e moído exportou o correspondente a 20,993 mil sacas, em torno de 0,1%.

Com informações da Embrapa / Foto de capa: Pixabay. 


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