Suinocultores de MT terão incentivo para retenção de matrizes

Dentre as mudanças está o preço de referência da matriz que passou de R$ 380 para R$ 2.250,00

18/08/2021 às 10:59 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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Os suinocultores de Mato Grosso (MT) terão total incentivo das linhas de crédito do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), para a retenção de matrizes suínas com idade de seis a 40 meses. A aprovação foi definida por meio da resolução nº 048/2021 do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Codem), que definiu os novos critérios de referência para a cadeia produtiva.

O preço da matriz suína reprodutora para retenção também sofreu mudança, aumentou de R$ 380,00 para R$ 2.250,00, valor a ser considerado para concessão do fundo.

Os cálculos foram baseados nos altos preços das commodities usadas na alimentação dos animais, a ração é composta por soja e milho. Conforme o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), de janeiro de 2020 ao mesmo período de 2021, os insumos subiram, respectivamente, 155% e 88%.

Os parâmetros recém-definidos estabelecem que o novo valor de referência para retenção de matriz suína será composto pela multiplicação da média de peso de matrizes, que tem como base 250 kg (critério Embrapa suínos e aves), multiplicado pelo valor atual do quilo do suíno vivo comercializado, e o seu resultado multiplicado pelo fator de 1.5 matriz/ano. Obtendo dessa maneira, 100% do valor de referência para efeitos de retenção com recursos do fundo.

Entenda observando o modelo abaixo:
Peso kg médio matriz: 250 kg;
Valor do kg suíno vivo(Imea): R$ 6,00;
Valor para retenção de matriz: R$ 1.500;
Multiplicado por fator 1,5 matriz: R$ 2.250,00;
Valor 100% para retenção de matriz suína via FCO: R$ 2.250,00.

A medida atende à demanda da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), que alegava prejuízos do setor em razão dos altos custos de produção da carne suína, em função do valor da ração. Como explica o secretário de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso e presidente do Codem, César Miranda.

“Após analisarmos a solicitação e estudos apresentados foi elaborada uma nota técnica e a partir desses dados decidimos alterar os percentuais do FCO, de modo que irão favorecer o setor granjeiro. Sabemos das dificuldades do custeio de produção da suinocultura e que esse incentivo irá impulsionar a cadeia de retenção de matrizes.

O reajuste da matriz reprodutora também era muito necessário, já que desde 2016 o preço era o mesmo, estava defasado”, ressalta o secretário.

Dados

De acordo com dados do Indea-MT, a suinocultura mato-grossense é uma das áreas da pecuária em crescente desenvolvimento no estado com rebanho de aproximadamente 3,32 milhões cabeças, em 2021.

Com informações da Secretaria de Agricultura - MT / Foto de capa: Wenderson Araujo


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