Governo brasileiro tem método validado para diagnóstico de Peste Suína Africana

Laboratório Federal em Minas Gerais concluiu a validação completa de técnicas moleculares para o diagnóstico da doença

17/08/2021 às 17:33 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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A Rede de Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (Rede LFDA) está apta para atuar na hipótese de uma possível introdução do vírus de Peste Suína Africana (PSA) no território nacional, afirma o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

No caso de suspeita de PSA, o LFDA-MG é o laboratório oficial que realiza o diagnóstico. 

A Rede LFDA é composta por seis Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA) distribuídos por todo o Brasil: LFDA-GO, em Goiânia; LFDA-MG, em Pedro Leopoldo; LFDA-PA, em Belém; LFDA-PE, em Recife; LFDA-RS, em Porto Alegre; e LFDA-SP, em Campinas. 

A padronização e verificações dos métodos são trabalhadas pelo laboratório em Minas Gerais desde 2015. A validação completa de técnicas moleculares para o diagnóstico da doença foi concluída em outubro de 2020. A ampliação para realização do diagnóstico em outros laboratórios da Rede LFDA também é discutida no Ministério. 

O diagnóstico da PSA pode ser feito por ensaios sorológicos como ELISA e imunoperoxidase, ensaios moleculares de PCR e pelo isolamento de vírus em células. Dos três métodos, o ensaio mais recomendado e utilizado para o diagnóstico da Peste Suína Africana é a PCR. 

“A execução dos ensaios sorológicos nem sempre é possível, pois na maioria dos casos os animais morrem antes de ocorrer a soroconversão. Já para o isolamento de vírus é necessário o cultivo de leucócitos obtidos de suínos, o que torna o ensaio trabalhoso e aumenta o risco de contaminação das linhagens celulares utilizadas no laboratório por microrganismos presentes no sangue dos suínos”, explica Barbiéri. 

Doença
A peste suína africana é uma doença viral que não oferece risco à saúde humana, mas pode dizimar criações de suíno, pois é altamente transmissível. O impacto econômico de uma possível reintrodução da PSA no país vai desde prejuízos diretos causados pela enfermidade, até possíveis restrições ao mercado internacional, uma vez que produtos e subprodutos de suínos podem ser fonte de introdução do vírus. 

 

 

Informações por Mapa

Foto de capa por Wenderson AraujoTrilux/ Sistema CNA Senar


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