Valorização de preço do café é movimento atípico nesta época, diz CNA

Mercado internacional e menor oferta de café estão ligados ao cenário de alta nos preços

13/08/2021 às 10:42 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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A valorização no preço das sacas de café em plena colheita de junho de 2021 está ligado à desvalorização do Real frente ao dólar, atraso nas exportações do café colombiano e a redução na produção do Vietnã e do estoque brasileiro.

A análise é do boletim Campo Futuro – elaborado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com o Centro de Inteligência em Gestão e Mercados da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA). 

A commodity tem apresentado altas consecutivas dos preços nos municípios participantes do projeto desde março de 2021.

“O cenário de elevação de preços na saca de café durante a colheita é atípico. Isso normalmente não acontece porque é a época de maior oferta, mas devido às circunstâncias de momento de mercado estamos nessa conjuntura”, afirma o assessor técnico da CNA, Thiago Rodrigues.

De acordo com ele, as principais variáveis definidoras de preços de commodities agrícolas são a oferta e a demanda, tanto do mercado à vista quanto do futuro. No caso do café arábica, a procura pode ser consequência da expectativa de um aumento do interesse em países consumidores que avançaram na vacinação contra a Covid-19 e já estão em processo de reabertura.

Além disso, a Organização Internacional do Café (OIC) considera que o consumo mundial cresça cerca de 2,1 milhões de sacas de 60 kg entre a safra 2019/2020 e a de 2020/2021.

Em relação à oferta, o clima seco em Minas Gerais e a bienalidade negativa da cultura do café apontam para uma redução na produção. Com uma demanda mais forte frente a oferta, a possível escassez do produto pressiona a indústria cafeeira para fazer aquisições com a eminente possibilidade de aumentos ainda maiores nos preços futuros.

 

 

Informações por CNA


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