Estudo promove levantamento sobre uso de defensivos agrícolas irregulares

"O mercado ilegal de defensivos agrícolas no Brasil” foi lançado quarta-feira pelo IDESF

12/08/2021 às 13:39 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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O Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (IDESF) promoveu, ontem, quarta-feira (11), o lançamento do estudo “O mercado ilegal de defensivos agrícolas no Brasil”.

A publicação promove um amplo levantamento do fluxo e da movimentação de atividades ilegais em torno desses produtos, cada vez mais visados por conta do alto valor de comercialização no mercado clandestino.

O Brasil tem 16,8 mil quilômetros de fronteiras, áreas situadas em 11 estados e limítrofes com 10 países, por onde circulam os produtos ilegais, que representam prejuízos incalculáveis para a saúde da população e o meio ambiente. O contrabando e descaminho de mercadorias, entre elas os defensivos agrícolas, representa uma perda anual de aproximadamente R$ 20 bilhões.

O levantamento realizado no Brasil e nos países vizinhos teve a preocupação maior de descortinar a logística deste mercado paralelo, que cresce vertiginosamente em movimentação e na organização das quadrilhas e pede um olhar mais atento das autoridades brasileiras sobre essa questão.

A apresentação do trabalho contou com a participação do deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS), que é autor do Projeto de Lei 2079/2015, que inclui no rol de crimes hediondos o roubo, furto, receptação e contrabando de defensivos agrícolas.

Inicialmente, o projeto sofreu resistência da própria bancada agropecuária por um entendimento de que a iniciativa traria prejuízos aos próprios produtores rurais.

“Na minha avaliação, esse argumento perde a validade na medida em que o Brasil avançou muito na liberação de diversos rótulos, permitindo ao agricultor o acesso ao que há de mais moderno utilizado na proteção das lavouras. A redução do custo de produção se resolve com políticas públicas que visem desonerar os defensivos e dar mais competitividade ao nosso produtor rural”, argumentou Goergen.

 

Com informações da assessoria. / Foto por Secretaria de Agricultura de SP. 


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