IBGE estima produção de 256,1 milhões de toneladas de grãos

Estimativa sofreu a quarta redução consecutiva, porém ainda se mantém em nível recorde

10/08/2021 às 10:30 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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A estimativa para a safra de grãos 2021/22, no Brasil, sofreu a quarta redução consecutiva, porém ainda se mantém em nível recorde, com expectativa de atingir os 256,1 milhões de toneladas até o final do ano. Os dados, divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constam no Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA).

O plantio atrasado da 2ª safra de milho e a falta de chuvas durante o ciclo da cultura atingiram a produtividade das lavouras do cereal, que é uma das principais commodities da agricultura brasileira. Já a produção de soja, segue elevando seus recordes. Somados ao arroz, esses dois produtos representam 92,4% da safra.

A estimativa para 2021 chegou a atingir 264,9 milhões de toneladas na pesquisa de março, mas vem sofrendo reduções desde abril. Porém, ainda se mantém 0,8% superior à obtida em 2020, que já havia sido recorde, atingindo 254,1 milhões de toneladas.

Para o milho, a produção caiu em 3,6%, ficando em 91,6 milhões de toneladas. Com relação à safra anterior, a queda é de 11,3%, embora a área de cultivo tenha crescido em 6,6%. A 1ª safra apresentou aumento de 2,4% na previsão em relação ao mês anterior, porém a segunda safra acabou com um decréscimo de 5,9%. Em relação à safra 2020/2021, a estimativa para a 2ª safra encontra-se 15% menor, apesar de a área plantada ter crescido 8,2%.

Por outro lado, a colheita de soja de 2021 já foi concluída e a commodities alcançou seu melhor resultado na série histórica do LSPA, totalizando 133,4 milhões de toneladas, 9,8% acima da produção de 2020, acréscimo de 11,9 milhões de toneladas.

“A cultura se desenvolveu de maneira satisfatória na maioria das unidades produtoras. O Rio Grande do Sul recuperou a sua produção, que foi muita afetada pela estiagem em 2020, resultando em um crescimento de 80,6% e, atingindo um recorde de 20,43 milhões de toneladas, com uma produtividade média de 3.341 quilos por hectare”, ressalta Carlos Barradas, gerente da pesquisa.

Com tais resultados, o Rio Grande do Sul torna-se o segundo maior produtor nacional de soja, ultrapassando o Paraná, onde a cultura foi afetada pela estiagem, que reduziu sua produção em 4,7% em relação a 2020.

Outros estados, porém, apresentaram queda no rendimento médio das lavouras, devido aos problemas climáticos, como foi o caso do Mato Grosso, decréscimo de 3,5%, do Paraná queda de 6,7% e de Goiás diminuição de 2,4%.

Na região composta pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, conhecida como MATOPIBA, apenas o Tocantins apresentou redução de 6,3%na produção. E a Bahia apresentou a maior produtividade média do Brasil para o grão: 4.020 kg/ha.

 

Com informações da Agência IBGE / Foto: Wenderson Araújo / Sistema CNA - Senar.


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