Pesquisa aponta aumenta de 12,5% no consumo de eletricidade no Brasil em junho

Consumo de eletricidade, no Brasil, foi de 40.156 GWh em junho de 2021

02/08/2021 às 13:39 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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O consumo de eletricidade no Brasil, foi de 40.156 GWh em junho de 2021, o maior para o mês de toda a série histórica, desde 2004. O bom resultado foi alavancado pelo efeito base baixa, levando a taxa do mês a registrar elevação de 12,5% em relação a junho de 2020. As classes, industrial e comercial, se destacaram com taxas expressivas de crescimento, que continuam sob influência do efeito base baixa.

O acumulado em 12 meses totalizou 493.463 GWh, elevação de 4,6% comparada ao período anterior. Todas as regiões geográficas do Brasil apresentaram expansão de dois dígitos no consumo de energia elétrica em junho: Norte, alta de 13,1%; Sul, aumento de 12,7%; Centro-Oeste com 12,5% de elevação; Sudeste, acréscimo de 12,4%; e o Nordeste com aumento de 12,2%.

A indústria, que teve aumento de 19,4%, que em junho de 2020 ainda vivia o impacto da pandemia da Covid-19, teve sua taxa de crescimento alavancada pelo efeito base, mas o bom desempenho também contribuiu para o resultado, com o maior consumo para o mês de junho desde 2014. O Sudeste, alta de 22,6%, e o Sul com 21,2% de aumento, apresentaram as maiores taxas de expansão do consumo industrial no mês. Norte, Nordeste e Centro-Oeste também cresceram, com aumento de 15,2%; 14,5%; e 5,0%, respectivamente. 

Entre as Unidades da Federação destaque para Alagoas, com acréscimo de 110%, alavancado pelo efeito base no setor químico; porém São Paulo foi quem mais contribuiu para a expansão, adicionando 859 GWh ao consumo da classe. Todos os dez segmentos mais eletrointensivos da indústria consumiram mais.

Metalurgia (+570 GWh) liderou, impulsionada por siderurgia em Minas Gerais, e alumínio primário em São Paulo e Pará; seguida por produtos químicos (+326 GWh), principalmente em São Paulo, Alagoas (cloro-soda) e Rio Grande do Sul (polímeros); porém têxtil (60,4%) e automotivo (47,1%), com destaque para a produção de caminhões (Anfavea), apresentaram as maiores taxas, com o bom desempenho alavancado pelo efeito base em 2020 devido à pandemia.

A classe comercial (+19%) anotou a maior taxa de crescimento do consumo de energia elétrica desde o início da pandemia da COVID-19 no Brasil. Apesar do bom desempenho da classe, o consumo comercial ainda é menor do que no mês de junho de 2019. O efeito base aliado ao bom comportamento do setor de comércio e serviços do país puxaram a performance da classe no mês. 

Segundo os indicadores econômicos mais recentes do IBGE, de maio de 2021 comparado a maio de 2020, as vendas no Brasil cresceram 16% no varejo e 26,2% no varejo ampliado, enquanto o volume de serviços prestados avançou 23%.

O destaque nas vendas do varejo foi no setor de tecido, vestuário e calçados, já o comércio varejista ampliado foi puxado por veículos e material de construção. Todas as regiões e estados registraram aumento no consumo da classe. 

A região Nordeste foi o maior destaque no consumo, 25,4%. Seguida pelas altas no Norte 21,5%, Centro-Oeste 21,4%, Sudeste 18,2% e Sul 13,5%. Entre as Unidades da Federação, a maior taxa de consumo da classe no país foi registrada no Piauí, 34,7%. Já São Paulo foi o stado que mais colaborou com o crescimento, adicionando 364 GWh ao consumo da classe.

A classe residencial apresentou aumento de 4,9% na taxa de consumo no mês de junho comparado ao mesmo mês de 2020. O Centro-Oeste, foi a região do país que mais se destacou no aumento da taxa de consumo de energia elétrica do setor residencial, +15,8%. A grave seca que assola grande parte da região contribuiu para o resultado.

Influenciados pelo efeito base baixa, o mercado livre apresentou alta de 24,2% no consumo no mês, enquanto o consumo cativo das distribuidoras de energia elétrica cresceu 6,0%. O efeito base foi atenuado na taxa de mercado cativo, por este abranger a totalidade do consumo residencial, a classe de melhor desempenho em junho do ano passado.

 

Com informações do EPE.


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