MS: colheita de milho avança lentamente, com 56% do volume já vendido

Com as lavouras já maduras, geadas anunciadas para próximos dias não afetarão a produtividade

29/07/2021 às 16:59 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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A colheita do milho para a safra 2020/21 avança vagarosamente, alcançando 4,1% das lavouras de Mato Grosso do Sul até o fim da semana passada. As informações foram disponibilizadas no boletim do Projeto Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga/MS), coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) junto da Associação dos Produtores de Soja de MS (Aprosoja/MS).

Com as lavouras já maduras, as geadas anunciadas para os próximos dias não afetarão a produtividade, que já teve redução significativa e, consequência das más condições climáticas.

A safra de milho deste ano prometia ser recorde, com volume acima das 9 milhões de toneladas, levando em conta o aumento de 5,7% na área, de 2,003 milhões de hectares, em relação à safra anterior. Porém, a estiagem na fase de desenvolvimento das plantas, em seguida chuvas de granizo e por fim, uma forte geada no momento em que as espigas começaram a granar derrubaram a previsão inicial de produtividade, agora recalculada para 6,285 milhões de toneladas.

O governo do estado publicou os decretos números 81 e 82 no Diário Oficial da quarta-feira (14), declarando situação de emergência pelo prazo de 180 dias em MS, em decorrência da seca e da geada que atingiram boa parte do estado. Os decretos respaldam os produtores rurais no pedido do seguro agrícola.

No dia 20 de julho, o Banco do Brasil decidiu prorrogar por 180 dias, após o vencimento final, as operações com pedido de Proagro pendentes de deferimento no âmbito da instituição; e por 120 dias após o vencimento, as operações com apresentação do comunicado de sinistro, cujo aviso também esteja pendente de deferimento.

O boletim do SIGA/MS aponta que 56,60% da safra de milho já foram vendidos, porém as lavouras não vão entregar o volume estimado, o que força a renegociação dos contratos. A quebra na safra se reflete em toda cadeia econômica que usa o milho e seus derivados, como granjas de suínos e aves, que precisam trazer o produto de fora para suprir a falta no mercado interno. No auge da safra do ano passado, a saca de 60 quilos do milho estava cotada em média a R$27,00. Nesse ano já ultrapassou os R$ 88,00.

 

Com informações da Semagro/MS


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