A falta e o alto custo das matérias-primas têm sido a maior dificuldade das indústrias no segundo trimestre de 2021. Segunda a pesquisa Sondagem Industrial, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), as consequências da pandemia de Covid-19 tem trazido impactos para a oferta de insumos no setor industrial.
O problema foi mencionado por 68,3% das indústrias pesquisadas. Logo em seguida, a elevada carga tributária, com alta de 34,9%, e a taxa de câmbio, que teve aumento de 23,2%, estão entre os principais entraves enfrentados pelo setor no país.
A Sondagem Industrial também evidenciou o aumento nos preços das matérias-primas, mesmo que em um ritmo mais lento. O índice apresentou queda no trimestre, mas permanece acima da linha de 50 pontos e está entre os maiores da série com 74,1 pontos. Indicadores abaixo de 50 pontos mostram preços abaixo do planejado.
No mês de junho, o indicador de estoque efetivo em relação ao planejado pelas empresas registrou 48,7 pontos, permanecendo abaixo da linha de 50 pontos que indica que os estoques estão alinhados ao planejado pelas empresas. A distância para o planejado foi maior em junho se comparado aos meses de abril e maio, quando os índices foram de 49,6 e 49,2 pontos, respectivamente.
A pesquisa da CNI apontou que a taxa de emprego completou um ano sem queda. O indicador de empregados na indústria subiu para 52 pontos em junho. Pelo segundo mês consecutivo, o número de trabalhadores está acima da linha de 50 pontos.
Todos os indicadores de satisfação com a situação financeira também melhoraram no segundo trimestre de 2021. A intenção de investimento aumentou 1,6 ponto em relação a junho, alcançando 58,6 pontos. O indicador apresenta recuperação após a queda que ocorreu em fevereiro e março deste ano, mas ainda não recuperou o patamar de janeiro, quando o índice foi de 59,9.
Com informações da Agência Brasil