A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulgou, nesta quarta-feira (7), que 1.148,5 mil autoveículos deixaram as linhas de montagem no primeiro semestre de 2021, volume 57,5% maior que os 729 mil do mesmo período do ano passado. Fechamento ligeiramente menor do que o previsto foi influenciado, principalmente, pela crise global de fornecimento de semicondutores.
Em um comparativo com o primeiro semestre de 2019, antes da pandemia de Covid-19, houve uma retração de 22%, equivalente a mais de 300 mil unidades.
Em junho, a produção de 166.947 unidades foi a pior dos últimos 12 meses, em função das várias paradas de fábricas de automóveis ao longo do mês - situação que vem acontecendo desde o final do primeiro trimestre.
O presidente da ANFAVEA, Luiz Carlos Moraes, explicou: "estimamos que a falta de semicondutores tenha impedido que algo entre 100 mil e 120 mil veículos fossem produzidos no primeiro semestre. Esse problema afeta todos os países produtores e tem impedido a plena retomada do setor automotivo”.
A baixa oferta de alguns produtos reflete nos resultados do mercado interno. No primeiro semestre de 2021, 1.074 mil unidades foram licenciadas no país, 32,8% a mais que no mesmo período de 2020, porém 17,9% a menos que no primeiro semestre de 2019. As vendas de 182.453 autoveículos em junho recuaram em relação aos últimos dois meses.
As melhores notícias continuam vindo do setor de caminhões, favorecido pelo bom desempenho do agronegócio e do e-commerce, e a despeito de problemas pontuais com insumos. A produção de 74,7 mil unidades no primeiro semestre é a melhor para o período desde 2014, da mesma forma que as 58,7 mil unidades licenciadas de janeiro a junho.
Com a performance negativa dos automóveis e o desempenho surpreendente do segmento de caminhões, a ANFAVEA atualizou as projeções que havia apresentado em janeiro, referentes a 2021. A produção total, estimada em 2.520 mil unidades, alta de 25% sobre 2020, foi reduzida para 2.463 mil, alta de 22% sobre o ano passado.
Separando leves e pesados, a alta na produção estimada 2021/2020 caiu de 25% para 21% no segmento de automóveis e comerciais leves, e subiu de 23% para 42% no caso de caminhões e ônibus.
Com informações da Assessoria