Produção de grãos deve crescer 27% na próxima década e atingir 333 milhões de toneladas

Produção de carnes (bovina, suína e aves) deverá crescer em 6,6 milhões de toneladas até 2030/31

07/07/2021 às 11:02 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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A produção brasileira de grãos deverá crescer para 333,1 milhões de toneladas na próxima década, o que representa crescimento de 27,1%, ou de 71 milhões de toneladas, frente ao que o país produz nessa safra 2020/21. A taxa de crescimento ao ano até o ciclo 2030/31 será de 2,4%.

A estimativa de crescimento na produção brasileira de grãos consta no estudo “Projeções do Agronegócio, Brasil 2020/21 a 2030/31”, realizado em parceria entre o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pela Universidade de Brasília (UnB).

De acordo com o estudo, soja, milho de segunda safra e algodão devem continuar puxando o crescimento da produção de grãos. “O avanço de inovações deve continuar permeando as atividades no campo, pois há grande atrativo para novas tecnologias”.

A área plantada com todas as lavouras analisadas, além dos grãos, incluindo cana-de-açúcar, café, cacau e frutas, deve passar de 80,8 milhões de hectares, em 2020/21 para 92,3 milhões, em 2030/31.

Pecuária
A produção de carnes (bovina, suína e aves) até 2030/31 deverá crescer em 6,6 milhões de toneladas, o que representa acréscimo de 24,1%. A carne de frango crescerá 27,7%, enquanto a suína 25,8%. A produção de carne bovina deve subir 17% no período. 

“Esses percentuais podem situar-se em níveis maiores, haja vista o aumento da procura por proteína animal”, alerta José Garcia, coordenador-geral de Avaliação de Políticas e Informação do ministério e um dos pesquisadores das projeções.

Nas exportações, para as carnes haverá forte pressão do mercado internacional, especialmente de carne bovina e suína, embora o Brasil continue liderando o mercado internacional do frango. Do aumento previsto na produção de carne de frango, 71,4% da produção de 2030/31 serão destinados ao mercado interno; da carne bovina produzida, 64,0% deverão ir ao mercado interno, e na carne suína 73,8%. Deste modo, embora o Brasil seja, em geral, um grande exportador desses produtos, o consumo doméstico continuará muito relevante.

 

Informações por Mapa

Foto de capa por Wenderson Araujo/ Trilux


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