IBGE: taxa de desocupação atinge patamar recorde de 14,7%

Segundo analistas a procura por emprego continua alta, porém a oferta ainda está baixa

30/06/2021 às 16:02 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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O desemprego no Brasil teve alta de 3,4% no trimestre encerrado em abril de 2021, subindo a taxa de desocupação para 14,7%. Se comparado ao trimestre encerrado em janeiro, quando a taxa era de 14,2%, o aumento foi de 0,4 ponto percentual, representando mais de 489 mil pessoas desocupadas, totalizando 14,8 milhões de pessoas em busca de trabalho no Brasil. A alta ante o mesmo trimestre móvel de 2020 é de 2,1%.

Dados foram divulgados através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), divulgada nesta quarta-feira (30), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, tanto a taxa quanto o contingente de desocupados apresenta o maior nível da série histórica, iniciada em 2012.

“O cenário foi de estabilidade da população ocupada, com 85,9 milhões, e crescimento da população desocupada, com mais pressão sobre o mercado de trabalho. Depois de um ano como o de 2020, onde milhões de pessoas perderam trabalho, é de se esperar que tenhamos muitas pessoas buscando trabalho, depois de uma queda tão acentuada na ocupação”.

De acordo com a analista, a procura por emprego continua alta, porém a oferta ainda está baixa. Após o ano de 2020, seria difícil resolver o desemprego nos primeiros quatro meses de 2021, a analista completa:

“Nós vamos acompanhar ao longo do ano como vai ser a resposta da demanda por trabalho. A oferta de mão de obra está ocorrendo, mas a gente tem que ver se os demandantes, que são as atividades econômicas, estão ofertando essas vagas. A melhora vai depender de fatores que envolvem a economia como um todo, como o consumo das famílias e a possibilidade de crédito. Tudo isso influência fortemente essa reação”.


Com informações da Agência Brasil.


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