O dólar continuou a recuar frente ao real durante esta semana. Vale lembrar que a queda começou em meados de abril (o dólar a R$ 5,71 13/04) e passou a escorregar até R$ 4,89 na manhã desta sexta-feira (25/06). Esboçou uma alta nesta sexta-feira e fechou a R$ 4,93.
Essa valorização do real, e isso fica claro nos comunicados e explicações do Banco Central, resulta de fatores que estimulam a vinda de dólares para o Brasil.
Entre os fatores que provocam a entrada de mais recursos e criam expectativa de continuidade da queda do dólar está o aumento da taxa básica de juros (Selic está em 4,25% ao ano) e a sinalização de que aumentará mais em agosto. Mas não é só mente isso.
Os analistas do mercado financeiro internacional mudaram sua visão sobre as contas do Governo Federal, o que já provoca relatórios positivos de bancos como o Bank Of America (Bofa/EUA) e do Barclays (Inglaterra). E mais: a recuperação rápida da economia brasileira surpreendeu investidores.
Foi o que gerou um fluxo de investimentos em papéis e títulos públicos no Brasil da ordem de US$ 5,95 bilhões em maio e, considerando até o último dia 22 de junho, outros US$ 2,84 bilhões, segundo dados do BC. Foi o capital estrangeiro que alterou essa relação dólar x real.
O real se valoriza, mas é bom evitar ilusões: o que tem vindo ao Brasil é capital de curto prazo, que muda de rumo a qualquer sinal inconveniente ao investidor.