Bolsonaro pede para empresários segurarem preço dos alimentos

Pedido foi feito pelo presidente durante encontro no Rio de Janeiro

18/06/2021 às 11:20 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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O presidente Jair Bolsonaro apelou aos empresários para segurarem o preço dos alimentos. O pedido foi feito ontem (17), durante reunião com diversos setores econômicos do Rio de Janeiro. O encontro foi fechado e sem presença da imprensa. A informação foi dada em coletiva após a reunião pelo senador, Flávio Bolsonaro (Patriotas-RJ).

“Ele passou a mensagem de expectativas boas para o futuro. Fez um apelo ao setor, porque, obviamente, em função dessa grande injeção de recursos na economia, há uma tendência, em todo o mundo, de se aumentar a inflação. Em especial sobre itens de primeira necessidade. Daí fez menção ao setor supermercadista, onde está o arroz, o feijão, o ovo”, disse o Flávio.

Segundo o senador, que falou ao lado do presidente da Associação de Supermercados do Rio de Janeiro, Fábio Queiroz, o presidente Bolsonaro reconheceu o sacrifício que os supermercadistas já fazem.

“Dentro dessa cadeia produtiva, obviamente, não são os supermercadistas os responsáveis pela alta dos preços. Ele [Bolsonaro] fez esse apelo, se for possível, de reduzir ainda mais, se houver espaço, a margem de lucro. A gente compreende que é uma equação difícil de fechar. Temos que sustentar aqueles que não têm condições, e precisam ter o que comer em suas casas. Em função do aumento da procura, a consequência natural é a elevação dos preços. Ele [o presidente Bolsonaro] demonstrou uma preocupação específica em relação à inflação dos produtos da cesta básica”, disse o senador.

O presidente da Associação dos Supermercadistas observou que o setor possui responsabilidade, conjunta com o governo, em segurar os preços. Ele ressaltou que o câmbio, que enfraquece o real e fortalece o dólar, o que acaba fazendo os produtores se interessarem mais pela exportação.

“A alta do dólar é um convite muito grande à exportação e isso dá escassez de mercadoria no mercado interno, o que pressiona a inflação. Temos, todos nós, da cadeia produtiva e do abastecimento, junto com o governo, responsabilidade em segurar os preços”, disse Queiroz.

Os empresários fazem parte do movimento Rio Produtivo, constituído por 11 entidades econômicas do estado, apresentaram ao presidente Bolsonaro uma carta com propostas. O grupo defende: a manutenção do auxílio emergencial à população e às empresas; a aceleração da vacinação para a retomada mais rápida da economia, e investimentos em obras de infraestrutura como rodovias e integração viária dos aeroportos do estado.

 

Com informações Agência Brasil / Foto por Marcelo Camargo-Agência Brasil


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