Nova Ferroeste poderá transportar 26 milhões de toneladas de carga anuais

Projeção aponta de que até o final da concessão, a malha poderá transportar até 38 milhões de toneladas

24/05/2021 às 11:28 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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No momento em que estiver iniciando suas operações, a Nova Ferroeste poderá atender a demanda de até 26 milhões de toneladas de carga. Ao final da concessão, que deve durar 60 anos, estima-se que a malha ferroviária esteja transportando 38 milhões de toneladas de carga anuais. Tal volume estimado representa cerca de dois terços da produção do agronegócio dos Estados de Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina, além do vizinho Paraguai. Importação e exportação devem representar 69% das cargas enquanto ficam 31% para o mercado interno. 

As informações são do "Estudo de Demanda da Nova Ferroeste", atualizado pelos governos do Paraná e Mato Grosso do Sul e apresentado pelos governadores Reinaldo Azambuja (PSDB – MS) e Ratinho Junior (PSD – PR), em reuniões com os ministros da Agricultura e Infraesturura, Tereza Cristina e Tarcísio Freitas, respectivamente. Os encontros ocorreram na última terça-feira (18), em Brasília. A Nova Ferroeste será um investimento privado, com extensão total de 1.285 quilômetros, ligando a cidade paranaense de Cascavel (MS) e Maracaju (PR). 

“É importante frisar que a Nova Ferroeste vai passar por 8 municípios sul-mato-grossenses e isso é fundamental na questão do aumento estimado da demanda. Temos um processo de expansão da produção, em especial no Mato Grosso do Sul, e um aumento de produtividade no Paraná, mas vamos ter uma mudança de perfil de carga. Cada vez mais, a carga de contêiner deverá aumentar em função da agroindustrialização nesses estados e, obviamente, na carga de retorno nós teremos possibilidade de trazer fertilizantes e isso é um processo importante para as exportações e importações do nosso estado”, afirma o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck, que acompanhou a apresentação do estudo em Brasília.

O projeto foi concebido para ser um empreendimento com o menor nível de impacto ambiental possível, contribuindo também na diminuição do volume de caminhões nas rodovias e redução na emissão de gases do efeito-estufa, pois um trem com 100 vagões graneleiro equivale à retirada de 357 caminhões das estradas. O Estudo de Demanda apontou a ferrovia como elegível para a emissão de Green Bonds, os “Títulos Verdes”, o que faz com que o governo do Paraná e de Mato Grosso do Sul é de que essa caracteristica seja um atrativo para possiveis investidores do projeto.

“O impacto ambiental foi reduzido de forma significante. O projeto, desde a sua concepção, levou em conta as questões de engenharia e meio ambiente. Na definição do traçado, nós evitamos passar por unidades de conservação e suas zonas de amortecimento e por áreas indígenas ou quilombolas. Isso cria uma celeridade no processo de licenciamento. Também haverá redução na emissão de gases de efeito estufa quando passarmos essa carga do caminhão para o trem”, afirma o secretário Jaime Verruck.
 

Com informações Semagro


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