Suzano lança projeto de nova fábrica de celulose de R$ 14,7 bi em MS

Empreendimento - o terceiro da empresa no Estado - será erguido em Ribas do Rio Pardo

12/05/2021 às 19:31 atualizado por Valdecir Cremon - SBA | Siga-nos no Google News
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A Suzano anunciou nesta terça-feira (12) a construção de sua terceira fábrica de celulose em Mato Grosso do Sul, com um empreendimento industrial orçado em R$ 14,7 bilhões. A nova planta será instalada em Ribas do Rio Pardo, a 110 quilômetros da capital Campo Grande, com capacidade para produzir 2,3 milhões de toneladas de celulose de eucalipto por ano.

O presidente da empresa, Walter Schalka, disse que a indústria deverá gerar 2,3 mil empregos, na fase de operação, além da criação de 10 mil empregos no período de construção, previsto para ser iniciado no segundo semestre deste ano, com previsão de término em três anos. O empreendimento recebeu o nome de Projeto Cerrado.

A escolha da cidade ocorreu pela proximidade de áreas ocupadas por plantações de eucalipto, em um raio de 60 quilômetros. A empresa possui duas plantas em produção, uma na cidade de Três Lagoas, na divisa de Mato Grosso do Sul e outra em São Paulo.

O anúncio da nova empresa foi feito durante uma transmissão online, com participação da ministra da Agricultura, Tereza Cristina Corrêa da Costa, e do governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB). 

O prefeito de Ribas, João Alfredo (Psol), disse que o empreendimento “vai mudar a cidade” e classificou a data como “um dia histórico”. Em comparação a Três Lagoas, que duplicou a população de 60 mil para 120 mil habitantes e ampliou a receita municipal de R$ 85 milhões para R$ 1 bilhão em 13 anos, após a instalação das fábricas, João Alfredo previu que a cidade terá crescimento "acima de 100%" nos próximos anos. A população da cidade é de 24,6 mil habitantes (IBGE, 2020).

Balanço

A Suzano registrou um prejuízo de R$ 2,755 bilhões no primeiro trimestre deste ano, mostrando uma boa melhora em relação ao resultado negativo de R$ 13,4 bilhões um ano antes. Apesar disso, o número representa uma piora ante o lucro de R$ 5,914 bilhões do quarto trimestre de 2020. Os dados foram divulgados nesta terça, por meio de release.

Porém, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou em R$ 4,86 bilhões no trimestre - alta de 61% ante os R$ 3 bilhões, no primeiro trimestre de 2020, com avanço de 23%.

O aumento de 14% nos preços da celulose, no ano passado, para US$ 532 por tonelada, contribuiu para os resultados.

A receita líquida da empresa subiu 27% em um ano, de R$ 6,9 bilhões para R$ 8, 9 bi. Na comparação com o quarto trimestre do ano passado, o avanço foi de 11%.


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