A produção mineral brasileira atingiu o valor de 227 milhões de toneladas no primeiro trimestre do ano, crescimento de 15% frente ao mesmo período do ano anterior.
De janeiro a março de 2021, o setor faturou R$ 70 bilhões, representando alta de 95% em comparação com os R$ 36 bilhões obtidos no primeiro trimestre de 2020. As informações foram divulgadas na última quinta-feira (22), pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), orgão que reúne as mineradoras que atuam no país.
De acordo com Wilson Brumer, presidente do Conselho Diretor da Ibram, existem três fatores que podem explicar o crescimento do setor em meio a pandemia de Covid-19. "As principais razões desse aumento substancial no faturamento são o crescimento da China, a alta dos preços no mercado internacional, de uma maneira geral, e a desvalorização do real".
As exportações de minérios, em dólar, aumentaram em 102%. A moeda norte-americana, cotada a R$ 4,88 em março de 2020, valia R$ 5,65 no terceiro mês deste ano. Ao mesmo tempo, o preço médio da tonelada de minério de ferro teve variação de 87,6% em relação com o primeiro trimestre do ano passado.
O Brasil, depois da Austrália, é o maior produtor dessa comodity, que foi responsável por 70% do faturamento total do setor mineral brasileiro de janeiro a março de 2021. Em seguida, aparecem o ouro, que correspondeu por 11%, o cobre 5% e a bauxita, por 2%.
Pará e Minas Gerais foram os estados que concentraram a maior parcela da produção do país, e geraram os melhores resultados. O faturamento mineiro foi de R$ 28 bilhões, representando superávit de 118%, já no Pará, foram R$ 31 bilhões, aumento de 94%.
Os estados da Bahia e Mato Grosso, respectivamente, com R$ 2 bilhões e R$ 1,4 bilhões, embora as produçoes mais modestas, também tiveram alta de mais de 90%
Com informações Agência Brasil / Foto: Pixabay.