Na manhã de hoje (16), a prefeitura de Itaguaí (RJ) interditou as operações da CSN – Tecar (Terminal de Granéis Sólidos) nos portos de Itaguaí e Sepetiba – Tecon, ambos vinculados à Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), alegando descumprimento das normas ambientais e desrespeito às condicionantes que permitem seu funcionamento.
A CSN foi multada em mais de R$ 4 milhões e o Porto Sepetiba – Tecon, em R$ 1,4 milhão, por diversas irregularidades constatadas na vistoria realizada em março deste ano. Localizada no entorno da foz do Rio Mazomba, a CSN é a maior exportadora de minério de ferro do Brasil e o Sepetiba – Tecon, um dos principais terminais de contêiner do país.
De acordo com a prefeitura de Itaguaí, em ambas empresas foram encontradas inúmeras irregularidades.
“As empresas também têm irregularidades em relação a condições de trabalho. A fiscalização constatou que os colaboradores são expostos ao risco constante de saúde, com a inalação de poeira de minério de ferro durante todo o período, ausência de equipamentos de proteção coletiva imprescindíveis para situações de primeiros socorros, bem como falta de sinalizações adequadas nas vias de circulação que ocasionam acidentes”, diz a nota da prefeitura.
A empresa, através de nota, negou as alegações e reforçou seu compromisso com a sustentabilidade e o meio ambiente.
“Não houve qualquer vazamento ou derrame de minério no mar. A empresa não reconhece qualquer das acusações que lhe estão sendo supostamente imputadas. Por isso, a companhia sinaliza surpresa com a operação de hoje. Não compete a uma prefeitura municipal interditar um porto com alfandegamento federal, devidamente licenciado pelo órgão ambiental estadual, e que é responsável por grande parte da balança comercial brasileira, sem que tenha sido sequer dada uma oportunidade de defesa e de prestação de informações devidas”, afirmou a CSN.
Com informações Agência Brasil. / Foto: Ministerio da Infraestrutura.