Universidades Federais desenvolveram 21 novas variantes de cana-de-açúcar

Nos últimos 50 anos foram criadas 114 variantes

07/04/2021 às 13:20 atualizado por Redação - SBA | Siga-nos no Google News
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A Rede Interuniversitárias para o Desenvolvimento Sucroenergético (Ridesa) lançou 21 novas variedades de cana-de-açúcar, matéria prima para a fabricação de açúcar, álcool combustível, melaço e biodiesel.

As dez instituições responsáveis pelo lançamento, lideram o mercado e constituem o principal núcleo de pesquisa e desenvolvimento de variedades de cultivo de cana-de-açúcar no Brasil.

A Ridesa foi criada entre 1990 e 1991, atualmente é  o núcleo central de pesquisa canavieira do Governo Federal, no âmbito do Ministério da Educação, desenvolvendo as cultivares denominadas República do Brasil (RB). 

Das 21 variedades que estão sendo lançadas este ano, quatro foram desenvolvidas na UFPR, cinco pela Federal de São Carlos (UFSCar), seis pela Federal de Alagoas (Ufal), uma pela Federal de Goiás (UFG), uma pela Federal de Viçosa (UFV), uma pela Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e três pela Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). 

Evolução
Considerando 50 anos de estudo de melhoramento genético, foram criadas 114 variantes da cana-de-açúcar no Brasil. O principal volume, estimado em 70 variedades liberadas para o setor agrícola,  ocorreu nos últimos 30 anos. 

Quando a Ridesa foi criada, apenas 5% de toda a área com cana-de-açúcar eram cultivados com variedades da sigla RB. Depois de 30 anos de pesquisa, o território que apresenta tais cultivares elevou-se para 60%, incluindo a safra 2020, o que equivale a 8,5 milhões de hectares, conforme estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Isso significa uma contribuição de mais de 12% na matriz energética do Brasil.

Mais Cultivadas

De acordo com o professor Ricardo Oliveira, a variedade mais cultivada no país é a RB867515, desenvolvida na Universidade Federal de Viçosa, que pode ser cultivada em vários ambientes rústicos, o que acabou favorecendo a expansão da cultura nos últimos 15 anos. “Passamos de 6 milhões de hectares para 8,5 milhões de hectares”. Segue-se a variedade RB966928, desenvolvida na UFPR, que foi liberada em 2010 e está presente em 14% da área nacional cultivada com cana-de-açúcar.


Com Informações de Agência Brasil


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