Em parceria, a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) unidade Amazônia Oriental e o programa Servir Amazônia, pretendem estabelecer um serviço de mapeamento dos sistemas agroflorestais e de plantações perenes no Estado do Pará. O projeto dispõe de tecnologia geoespacial de ponta, que facilitará a tomada de decisões de uso de terra e investimentos na produção por parte das prefeituras, instituições e comunidades locais.
Utilizando informações de satélites e geotecnologias, junto à validação de campo, poderão ser observados os padrões de cobertura da terra para geração de mapas-piloto que mostrem a presença de sistemas agroflorestais e de cultivos de dendê, cacau, açaí e citros no Pará.
Com previsão inicial de dois anos de duração, serão realizados trabalhos nos municípios de Acará, Moju, Tomé-Açu, Altamira, Brasil Novo, Medicilândia, Igarapé-Açu, Capitão Poço e Castanhal, que se destacam em sistemas integrados de produção, segundo a Embrapa. Produtos e serviços permanentes sobre a agricultura perene serão gerados na região a partir do uso de imagens públicas e da capacitação das equipes locais.
O projeto Servir Amazônia é um consórcio internacional promovido pela Administração Nacional de Aeronáutica Espacial (Nasa) e pela Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos.
O chefe-geral da Embrapa Amazônia Oriental, Adriano Venturieri, explica que um dos objetivos da parceria é preencher lacunas de informação e aprimorar o monitoramento da cobertura e uso da terra na região.
“Temos dificuldade em mapear o cacau, que muitas vezes se confunde com uma capoeira (vegetação secundária)”, exemplifica. Além disso, esse cultivo é feito geralmente em baixo de fragmentos florestais ou dentro de sistemas. “E os sensores ópticos em uso atualmente não detalham essa diferença. Então, praticamente tudo é feito no campo”, pontua Adriano.
Com informações da Embrapa Amazônia Oriental